Veja como funciona a sala de operações dos bombeiros em Brumadinho

Antes de realizar o “lançamento” de um bombeiro na área de busca em Brumadinho, na região metropolitana da capital, a corporação desenvolve uma operação de inteligência detalhado. A equipe de O TEMPO esteve na tarde desta segunda-feira (4) na sala de comando do Corpo de Bombeiros montada na faculdade Asa. “Para que se tenha uma pessoa fazendo escavação, antes teve um trabalho de inteligência, de cruzamento de dados”, explicou o tenente Pedro Aihara, porta-voz da corporação. 

A sala é preenchida por mapas, rádios e computadores. Em uma tela é possível saber exatamente a localização geográfica de todas as equipes da corporação que se encontram nas áreas de busca. No momento da visita de O TEMPO, eram 45 equipes. Há um mapa com as coordenadas geográficas onde cada corpo foi encontrado. Uma oficial controla os horários e a alimentação dos bombeiros que estão em campo enquanto outra pessoa atualiza as planilhas em tempo real, por meio do rádio. A corporação sabe, por exemplo, qual a profundidade da lama em cada local e monitora sem parar a barragem de água (que não se rompeu). 

Conforme o tenente, o espaço atingido foi dividido em 44 quadrantes assim a corporação consegue se localizar com mais precisão. Além disso, é assegurado que todas as áreas sejam vistoriadas. A corporação tem ainda mapas por onde passam os gasodutos para que o uso das retroescavadeiras não cause nenhum problema. Há ainda rotas de fugas previstas para qualquer emergência. “Esse é o cérebro que garante que a gente não faça nenhum tipo de ação que implique em perda de eficácia”, finalizou o porta-voz.