A estudante de psicologia Kate Botelho, de 27 anos, foi quem encontrou o corpo de Bárbara Vitória Lopes, de apenas 10. A menina, antes desaparecida, estava em um matagal nos arredores do campo de futebol do Pedra Branca, no bairro Landi 2ª Seção, em Ribeirão das Neves.

No momento, um grupo de garotos jogava futebol no local. Ao perceber que se tratava da garota, Kate gritou e pediu que eles chamassem a Polícia Militar urgentemente. Enquanto isso, ela decidiu ir andando até a casa dos pais da criança, que fica a 550 metros do campo. 

Eles dividiram as tarefas. Kate contaria a notícia para os pais e os garotos ligariam para a polícia para reportar o encontro da vítima. 

Quando a vizinha chegou à casa de Luciene Vitalino, de 34 anos, mãe da criança, a imprensa estava no local. A reportagem de O TEMPO e da Rádio SUPER FM 91.7 conversava com os pais naquele momento. 

Assim que souberam da notícia, a família e os repórteres foram até o lugar indicado por Kate para confirmar a informação. A PM também chegou na mesma hora. Foi quando identificaram que a criança morta era, de fato, a menina Bárbara. 

"A minha menina, meu Deus! Minha filha, a nossa pequena!", gritou a mãe, Luciene Vitalino, ao ver a filha ainda com a camisa do Galo - mesma roupa que estava usando no domingo (31), quando saiu de casa para comprar pão e não voltou mais. 

A vizinha responsável por avisar a família conversou com a reportagem e detalhou o momento:

"Eu achei ele [o corpo] de lado, jogado, sem a calça e com a boca amarrada. A primeira reação foi entender se era ela ou não, porque ela estava de costas e parecia uma boneca. Aí, cheguei mais perto e confirmei: é a Bárbara. Todo mundo que eles matam jogam aqui nesse matagal", disse Kate Alves Botelho. 

Ela afirma que, primeiro, acionou outros garotos que estavam no campo jogando bola. "Falei: 'é a menina de 10 anos, ela está aqui, gente! Alguém ajuda!' Ninguém acreditou, daí gritei mais alto para chamarem a polícia e decidi ir atrás dos pais dela para avisar", relata.