O Arraial de Belo Horizonte fez - e ainda faz - história na capital mineira. O evento, que retorna em 2022 após dois anos de suspensão, por causa da pandemia, se tornou um dos principais eventos juninos do país. São mais de 40 anos de estrada, construídos com a ajuda de muita gente, e estrelado por elas: as quadrilhas juninas, que encantam a todos com suas cores, coreografias e alegria. E para que tudo saia como planejado, muita coisa acontece nos bastidores. E são algumas dessas histórias que serão contadas no especial “Anarriê Beagá”, que a Globo exibe neste sábado (6), às 15h15, após o “Rolê nas Gerais”.
Com reportagem de Viviane Possato, o programa, produzido pela equipe da emissora em Minas Gerais, chamou os quadrilheiros mais antigos de Belo Horizonte para mergulhar nesse universo junino e entender como o amor por essa tradição é transmitido de geração em geração. Tem casamento de verdade que começou com os noivos, de mentira, dançando quadrilha; quadrilheiro com 80 anos que não perde (e não abre mão) do “balancê… são muitas histórias! Além disso, o “Anarriê Beagá” também mostra a celebração dessas pessoas com o retorno do Arraial de Belo Horizonte, que voltou a ser realizado neste ano, na Praça da Estação - a 43ª edição do evento termina no próximo dia 14.
“Ser quadrilheiro é ser feliz, é sorrir, é chorar também, é sentir aquele aperto, aquela vontade de estar vivos, de mostrar para todo mundo que nós temos um passado, uma história e valores muito ricos da cultura mineira”, diz Vera Lúcia Ferreira de Assis, coreógrafa e diretora de eventos da quadrilha Pé Rachado.
O Feijão Queimado, grupo de quadrilha fundado em 1980 e detentor da maior quantidade de títulos do Arraial de Belo Horizonte, também é destaque no especial da Globo. “Minas está sempre presente nos concursos nacionais por ser referência em um tipo de quadrilha bastante tradicional e matuta. Ainda preservamos essa identidade cultural, aquilo que vemos nas quadrilhas das escolas, como o vestido de chita e a camisa xadrez. Evoluímos, porém preservando as raízes fincadas no chão”, analisa Danilo Martins, diretor de Comunicação do grupo.
“A quadrilha junina é uma memória afetiva da gente, quase todo mundo dançou na escola. Para a maioria, isso é passado, já para outros, a vida é se dedicar à quadrilha e são essas pessoas que contam a história com uma paixão e alegria contagiantes”, explica Fred Bottrel, chefe de reportagens especiais da Globo.