Gravado em casa

Bruno Mazzeo traz um olhar cômico sobre a quarentena em ‘Diário de um Confinado'

O ator e o roteirista estrela projeto multiplataforma da Globo criado por ele e pela mulher, a diretora Joana Jabace

Por Renato Lombardi
Publicado em 26 de junho de 2020 | 16:19
 
 
 
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Durante uma conversa com o marido Bruno Mazzeo, que é ator e roteirista, a diretora de TV Joana Jabace trouxe a ideia: “E se pensarmos em algo que a gente possa gravar aqui em casa? Você escreve e atua, eu dirijo”. A proposta surgiu já durante o período de distanciamento social, imposto pelo novo coronavírus. “Começamos, então, a pensar em crônicas de uma pessoa confinada”, disse Mazzeo, que chamou a roteirista Rosana Ferrão para participar do projeto. “Pensamos no formato e chegamos nesse, de fazer um diário com situações que a gente passa no confinamento, com algumas neuroses, paranóias”, contou ele. O resultado é a série cômica “Diário de um Confinado”, que estreia nesta sexta-feira no Globoplay. 

Para tocar o projeto multiplataforma - a série vai ao ar na Globo aos sábados de julho, a partir do dia 4, no Multishow, no dia 6; e ganha pílulas exibidas ao longo do mês no GNT - o casal transformou o apartamento que eles moram com os filhos gêmeos José e Francisco, de 3 anos, no Rio de Janeiro, em um estúdio de gravação. A sala do imóvel transformou-se no loft em que mora Murilo, protagonista de “Diário de um Confinado”. Bruno e Joana criaram e produziram a série em apenas um mês e meio.

"Tudo foi um grande desafio. O desafio já começou na criação do texto. A gente já tinha de cara milhares de limitações, como a locação, por exemplo. Toda a história tinha que se passar naquele universo", disse o autor e roteirista. "Foi uma experiência muito nova, desde a linguagem que a gente criou no programa até a realização. A gente foi aprendendo no dia a dia. Fazer em casa foi um desafio tremendo porque tem nossos filhos", explicou Joana. 

A história

“Diário de um Confinado” gira em torno de Murilo, vivido por Bruno Mazzeo. Ele é um homem de classe média, solteiro e que mora sozinho no Rio de Janeiro. Com a quarentena, ele é forçado a adotar uma nova rotina, ficando em casa, e passa por muitos perrengues. 

"A gente quis que o Murilo fosse a pessoa mais comum possível, para gerar maior identificação. A graça que nós buscamos não é a da gargalhada, é para a pessoa se identificar mesmo. Você vê com um sorriso, mas não precisa gargalhar. Eu estou camuflado ali dentro do Murilo", afirmou Bruno. 

De acordo com o ator, cada episódio terá um tema central e o público poderá acompanhar a saga de Murilo na limpeza de casa e na terapia feita de maneira remota, por exemplo. “Tem um episódio em que ele está empenhado em aprender a cozinhar;  outro que ele está carente porque não tem namorada”, adiantou ele.

A série contará com participações especiais, gravadas de maneira remota.  Arlete Salles, Debora Bloch, Fernanda Torres, Lázaro Ramos, Lúcio Mauro Filho e Renata Sorrah são alguns nomes que vão dar as caras nos episódios de “Diário de um Confinado”. 

"Tinha uma coisa muito curiosa que era o contracenar à distância. A gente foi percebendo também maneiras de achar um jeito na hora de contracenar, para que ficasse uma coisa orgânica e, por sorte, nós temos amigos muito talentosos", contou Bruno.

"A série não tem um arco, são crônicas. Ficamos procurando questões que a gente vive. A gente vive essa gangorra de sensações... Como a gente já tinha essa questão da distância, nós precisávamos de pessoas que a gente tivesse o mínimo de intimidade. Então a gente já foi de cara em pessoas muito próximas da gente", explicou ele.

 

 

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