Crônicas

Fabrício Carpinejar libera 'Felicidade Incurável' para download gratuito

Livro que reúne mais de 100 textos está disponível no site da Amazon

Por Carlos Andrei Siquara
Publicado em 26 de março de 2020 | 14:54
 
 
 
normal

O escritor Fabrício Carpinejar surpreendeu seus seguidores no Twitter, liberando o acesso ao livro “Felicidade Incurável” no site da Amazon, até o período da Páscoa, que será celebrada no dia 12 de abril. Desde a última quarta-feira (25), qualquer um que tiver interesse nesse título pode fazer o download da versão digital do volume de crônicas, cujo lançamento aconteceu em 2017. 

“Eu achei que esse é o livro mais adequado pra o atual momento. Nós não podemos ser felizes de acordo com a circunstância, esperando um contexto favorável. Nós temos que ser felizes apesar de tudo mesmo, nas adversidades”, comenta o gaúcho radicado em Belo Horizonte.

“Não podemos deixar que alguém derrube o nosso bom humor. Nós continuaremos a existir apesar da rabugice dos outros”, completa o autor. “Felicidade Incurável” reúne mais de 100 textos que abarcam diversos temas. A amizade surge como mote da crônica de abertura, “Porta-retratos”, e, na sequência, o leitor vai encontrar “Superpoder”, que ressalta a importância do autoconhecimento. 

“Todo mundo é super-herói em alguma coisa, você só precisa descobrir o seu superpoder. Por exemplo, se você gosta de arrumar as coisas, talvez você tenha o superpoder da faxina, e resolve uma casa inteira em duas horas. Eu acho, aliás, que esse é o meu superpoder”, ri, em seguida, Carpinejar.

Para ele, a situação enfrentada pela população brasileira e por outras de diversos países também afetados pela pandemia de coronavírus demanda serenidade. E o livro que publicou três anos atrás, a seu ver, pode ser um aliado nesse processo.

“Acho que os textos abordam essa felicidade do pouco, do reencontro com a sua própria solidão, com a sua casa, com o artesanato da ternura. A partir de agora, você vai ter que impressionar alguém do seu convívio pela sua conversa, pela sua dedicação. Não têm mais os efeitos especiais de fora, do mundo externo, como levar a pessoa para um shopping ou para uma loja, uma área de brinquedos, uma praça. O que há agora é a possibilidade de passeio pela cartografia mais íntima de cada um”, reforça ele.

Se é possível projetar algum tipo de aprendizado após tudo isso, Carpinejar observa que este não deverá ser nada extraordinário, e provavelmente um dos efeitos será o escancaramento do óbvio. “Nós vamos reconhecer o que nós fazíamos, o que erámos ou não em nossos relacionamentos. Eu acho que há muito mais uma tomada de consciência do nosso legado. Talvez agora seja uma forma de manter contato com alguém que não falávamos há um tempo. Nós sempre usamos a desculpa da falta de tempo e agora nós talvez estejamos descobrindo que o que faltava era a vontade”, alfineta Carpinejar. 

 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!