Não é lá uma grande novidade que a atriz Samantha Schmütz é apaixonada por música e investe em seu lado cantora sempre que pode. Acostumada a provocar risadas do público em comédias na TV e no cinema, ela já soltou a voz em programas como “Show Dos Famosos” e “Popstar”, ambos da Rede Globo, e fez parcerias com os rappers Black Alien e Criolo. A tabelinha da vez é com a Nação Zumbi, banda que se juntou à Samantha em uma versão mais roqueira - nem por isso menos suingada - de “Homem com H”, do compositor paraibano Antônio Barros e gravada em 2019 para a trilha do filme “Cine Holliúdy 2” e lançada como single da artista nesta sexta-feira (17).
“Tenho procurado sempre cantar alguma faixa nos filmes que participo. Então, quando fui fazer esse filme, que tem na veia o sangue do Nordeste, dei a ideia para o diretor Halder Gomes de gravar uma música. E ninguém melhor para me acompanhar do que uma das melhores bandas do mundo – que é nordestina: a Nação Zumbi”, ela comenta.
Samantha Schmütz transita bem entre diversas frentes - teatro, cinema e TV. Nas telonas, atuou na trilogia “Minha Mãe É Uma Peça”; na TV, fez sucesso em “Zorra Total”, atuou em novelas e, desde 2013, vive Jéssica no humorístico “Vai Que Cola”, que já ganhou dois filmes e deve ter novidades em breve, após ter as gravações interrompidas pela pandemia: “Há planos de voltar em agosto, com todos os protocolos do ‘novo normal’”.
Questionada se, durante a quarentena, tem acompanhado a reprise de “Totalmente Demais”, folhetim em que interpreta a personagem Dorinha, Samantha diz que adora se assistir, mas nem por isso deixa as críticas de lado. “É sempre como se estivesse vendo outra pessoa, acho muito engraçado. Só que também percebo o que eu poderia ter feito diferente”, pondera.
Além de atuar, a artista coloca a música entre suas prioridades. Ela faz aula de canto há mais de dez anos, já esteve integrou bandas e apresentou quatro temporadas do programa ”Samantha Canta, no Canal Bis, em que fazia covers de clássicos nacionais e internacionais. Por outro lado, a atriz também tem suas próprias composições e, em 2016, chegou a começar a produção de um disco autoral, ainda não concluído. Ela credita essa polivalência artística ao ambiente familiar - a mãe era bailarina e entusiasta da dança, e o pai sempre a levava ao teatro e apresentou diversos estilos musicais.
“Sempre quis ser uma artista completa, com muitas ferramentas, então tento me preparar para isso. Sempre fiz e faço até hoje aulas de canto e ballet clássico. E meu gosto musical foi moldado pelas minhas influências em casa: minha mãe ouvia Frank Sinatra, Michael Jackson e Tina Turner; e meu pai era dos Beatles, Rita Lee, Leo Jayme, Paco de Lucía , Amelinha , Pepeu Gomes… Nossa, lembrando agora, meu pai arrasou no repertório que me ensinou!”, destaca a atriz.
Samantha Schmütz só perde o bom humor quando se posiciona nas redes sociais em postagens contra o presidente Jair Bolsonaro. Frequentemente, ela também aborda a violência racial e contra a mulher, e a política nacional de um Brasil de 2020 que ela diz ser pior que uma piada de mau gosto: “Antes tivesse a piada, acho que sobrou só o mau gosto mesmo”.