O setor de supermercados em Minas Gerais afirmou, nesta terça-feira (22), que há conversas com o governo federal para estabelecer parcerias que facilitem a contratação de funcionários para as lojas. Só para o período de festas de final de ano, o setor tem cerca de 8 mil postos de trabalho temporários, com chances de efetivação após o Natal e Ano Novo. 

As conversas com a União estão sendo conduzidas pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em coletiva de imprensa, o diretor-executivo da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Antônio Claret Nametala, destacou que as ações envolvem desde flexibilização nas regras de programas sociais, como, o Bolsa Família, até parcerias com o Exército.

Claret frisou que há uma mesa de negociações abertas com o governo sobre o assunto. “Isso no sentido de tentar criar um adicional em relação aos auxílios que são dados para que as pessoas possam se empregar, possam se registrar em vagas com carteira assinada, sem perder esses benefícios. Então, lógico que isso pode pode ajudar a trazer uma mão de obra para o nosso setor”, detalhou. 

O diretor da Amis ainda destacou que outra ideia é absorver os jovens que serviram ao Exército, mas que foram dispensados. “O que está sendo pensado é um convênio com o Exército, que a Abras está discutindo, e exatamente para que as pessoas que servem ao Exército, elas normalmente não trabalham naquele período, e logo depois que elas saem elas procuram um emprego e estamos colocando o setor à disposição desse contingente para que, ao sair do Exército, eles possam estar empregados nos supermercados”, detalhou.

Sobre bets

Outro assunto abordado pelo setor foi a atuação das bets no país. De acordo com o presidente da Amis, Alexandre Poni, os sites para apostas esportivas estão tirando dinheiro para consumo de primeira ordem das famílias. 

Poni, que também é responsável pela rede Verdemar, pediu uma intervenção urgente do governo para controlar a atuação das empresas do tipo. No início do mês, o Ministério da Fazenda retirou do ar mais de dois mil sites que operavam de maneira irregular no país. Por outro lado, mais de 220 empresas seguem as obrigações determinadas pelo governo e estão autorizadas a operar.