Pais e responsáveis podem preparar o bolso para aumento da mensalidade escolar em 2025. O valor médio do berçário e do maternal está até 10,3% mais alto no próximo ano letivo, em comparação aos valores deste ano, e a mensalidade pode chegar a R$ 4.841.
Os dados são de um levantamento do site de pesquisa Mercado Mineiro divulgado nesta segunda-feira (25/11). Ele avaliou preços de 24 unidades de berçário e de 36 escolas que oferecem maternal e detectou aumentos em todos os segmentos. A mensalidade com maior alta, de 10,3%, é a do maternal no turno da tarde, que saltou de R$ 1.417,91 para R$ 1.563,49. O período integral do berçário ficou 5% mais caro, indo de R$ 2.152,27 para R$ 2.260,11.
Uma pesquisa do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino no Estado de Minas Gerais (Sinepe-MG) indica que as mensalidades das escolas privadas em geral em Minas podem subir até 15% em 2025. Na pesquisa do Sinepe, os principais motivos apontados para os reajustes foram inflação, aumento dos custos operacionais das escolas e no salário dos professores, além de investimentos em infraestrutura.
Além da alta das mensalidades, o preço da matrícula também subiu, de acordo com o Mercado Mineiro. A matrícula do maternal ficou 12,7% mais cara e passou de R$ 1.361,30 para R$ 1.534,73.
“O preço de algumas escolinhas e maternais subiram bem acima da inflação. Individualmente, nós tivemos aumentos de 15% até 20%, dependendo da escolinha. Os pais têm que analisar se o aumento foi também revertido em infraestrutura e melhora de alguma forma para justificar aumentos tão grandes, principalmente quando você compara a uma inflação em torno de 5% ao ano. Isso dificulta muito o orçamento dos pais, que, muitas vezes, não têm opção e ficam reféns de escolinhas e berçários próximos ao trabalho ou de casa. Por isso que, sim, os pais devem pesquisar o preço e avaliar o melhor custo-benefício”, avalia o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.
Diretora do Instituto Tarcísio Bisinotto, que tem a mensalidade mais alta do período integral entre os 24 berçários — R$ 4.841 —, Renata Macedo explica os diferenciais da instituição que justificam o valor. "São 12 horas com supervisão pedagógica, supervisão de bilíngue, quatro refeições balanceadas e preparadas na cozinha diariamente, atendimento feito por pedagogas formadas e treinadas periodicamente. São de seis a oito bebês por turno, e o atendimento é personalizado com uma escuta e entrega pedagógica diferenciadas", lista. A instituição está localizada no bairro Belvedere, na região Centro-Sul de BH.
O preço foi um fator de peso para a escolha do berçário onde a empresária Carolina Lema matriculou seu filho, Theo, de 1 ano e 4 meses. Mas não foi o único, diz ela: “em princípio, foi pela praticidade, porque ele fica em frente ao meu trabalho. O tíquete é mais alto do que no meu bairro, são R$ 1.800, mas sei de escolas na faixa de R$ 3.000. É um bom custo-benefício, em termos do desenvolvimento e da socialização que a escola proporciona. Para um único filho, conseguimos oferecer o que idealizamos. Se fossem dois, talvez ainda não”.
Confira a pesquisa:
Confira o endereço das escolas pesquisadas no site Mercado Mineiro.