O mercado de condomínios fechados em Minas Gerais apresentou uma expressiva alta no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2024. Segundo o Estudo de Mercado de Loteamentos, feito pela Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano de Minas Gerais (Aelo/MG), as vendas de lotes fechados registraram alta de 28,8%, subindo de R$ 229 milhões para R$ 295 milhões. Já as vendas de loteamentos abertos caíram 44,7%, de R$ 347 milhões para R$ 192 milhões.
O mercado de lotes fechados representou 60,6% do Valor Global de Vendas (VGV) no período. Em comparação, o de loteamento aberto ficou com 39,4%.
O lançamento de loteamentos fechados representou 65,6% de participação no total de novos empreendimentos. O número é quase o dobro do montante de lançamentos de loteamentos abertos (34,4%). Em razão dos estoques e ajustes de mercado, o Valor Global Lançado (VGL) verificou queda de 59,9% nos loteamentos fechados, caindo para R$ 317 milhões, e de 84,5% nos loteamentos abertos, para R$ 70 milhões.
O presidente da Aelo-MG, vice-presidente de loteamentos do Sinduscon-MG e diretor de Loteamentos do CMI/Secovi-MG, Flávio Guerra, explica que esse resultado reflete uma tendência de consumo. “O empreendimento de lote nos últimos anos tem ganhado protagonismo, principalmente após a pandemia e, especialmente o condomínio fechado, passou a ser um produto desejado, por atributos que o associam à qualidade de vida”, explica Flávio, que também é especialista em gestão de negócios imobiliários e empresário do setor”, diz.
Ainda segundo Guerra, a queda nos lançamentos de loteamentos é reflexo do baixo estoque de empreendimentos, o que também é sintoma da demora na aprovação de projetos e licenciamentos ambientais de loteadoras no estado. “Se o estoque de lotes mantiver o ritmo atual de aprovações e não houver alterações nesse cenário, o mercado mineiro pode sofrer escassez de lotes em breve, gerando inflação”, alerta.
O Estudo de Mercado de Loteamentos foi realizado em 300 cidades mineiras, o que representa 40% da população e mais de 55% do PIB do estado. Ele reúne avaliações sobre a VGV, VGL e os estoques de lotes no estado.