Consagrado como um dos maiores cineastas brasileiros, Walter Salles é também um dos homens mais ricos do Brasil. Seu longa mais recente, o sucesso de crítica e público “Ainda Estou Aqui”, faturou pelo menos R$ 63 milhões até agora, mas não foi na arte que Salles construiu seu patrimônio — que tem raízes em Minas Gerais.

O dinheiro da família se sustenta em dois pilares tradicionais no Brasil: bancos e mineração. Walter Salles é o mais novo dos quatro irmãos herdeiros da família. O avô deles, João Moreira Salles, é mineiro de Cambuí, no Sul de Minas. Também foi no Estado que ele iniciou seu empreendimento que se revelou o mais bem-sucedido: a Casa Moreira Salles. Aberta em Poços de Caldas no início do século 20, quando a cidade atraía multidões para se tratar em suas águas, a loja era uma mistura de armazém e armarinho. Até que começou a atuar no setor bancário, financiando produtores de café da região.

Este é o embrião do Unibanco, que ao longo de décadas de aquisições e fusões consolidou-se como um dos principais bancos do Brasil. Em 2008, ao unir-se ao Itaú, tornou-se o maior de toda a América Latina. Walter Salles não trabalha no banco, mas é um de seus acionistas.

Ele também tem ações em outro negócio da família: a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). Sediada em Araxá, no Triângulo Mineiro, ela é a maior produtora global de nióbio, mineral utilizado em baterias de carros elétricos, por exemplo, com uma demanda crescente no mundo.

Walter Salles tem fortuna de US$ 5,3 bilhões

A fortuna de Walter Salles é estimada em US$ 5,3 bilhões, segundo o ranking de 2024 da revista Forbes. Ele disputa de perto o posto de cineasta mais rico do mundo com o criador do universo Star Wars, George Lucas, e Steven Spielberg. 

A soma é menor do que a de seus irmãos mais velhos, que são ativos nos ramos industriais da família, Fernando Roberto Moreira Salles (US$ 7,6 bilhões) e Pedro Moreira Salles (US$ 7,1 bilhões). Outro irmão, João Moreira Salles, que tem o mesmo nome do pai, é documentarista, fundador da revista Piauí e tem o mesmo patrimônio de Walter.