O acesso à internet, um dos pilares da comunicação contemporânea, mais que triplicou na área rural do Brasil em dez anos: passou de 22% dos domicílios conectados em 2015 para 74% no ano passado, segundo a sondagem Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Em um passado não muito distante, segundo o estudo, em 2008, apenas 4% dos agricultores tinham acesso à internet em suas casas.
Ainda segundo o TIC, a conectividade e a tecnologia são as principais ferramentas da comunicação nos dias atuais e estão entre os motivos para garantir a permanência das novas gerações no campo, junto com a rentabilidade do negócio, mesmo em propriedades menores, e a sucessão familiar baseada no vínculo e na gestão compartilhada entre pais e filhos. O mais recente Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2017, mostra que tem diminuído a participação dos jovens no campo.
Segundo o Censo, a população mais jovem, com idade entre 25 anos e 35 anos, representava 9,5% dos moradores de áreas rurais em 2017, quatro pontos percentuais a menos que no Censo anterior, feito em 2006, de 13,5% de moradores jovens no campo. “A agricultura brasileira precisa dos jovens no campo para manter a competitividade e continuar sendo um setor fundamental para a economia do país, responsável por uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) e das exportações”, afirma o Country Director da Ascenza Brasil, Renato Francischelli.
A Especialista em Comunicação da Ascenza, Sabrina Goveia, comenta que a comunicação dentro da porteira é de grande relevância para o sucesso e a longevidade do agronegócio. “Sobram informações e muitas vezes falta discernimento para entender o negócio rural. É preciso conectar departamentos e pessoas para um resultado consistente e duradouro”, afirma.
Ela destaca que as novas gerações do agronegócio precisam se orgulhar da importância do setor para a economia brasileira e das conquistas alcançadas, assim como a maioria dos brasileiros. A pesquisa “A percepção do campo na cidade” da Plant Project, JH/B2F e Bridge Research, de 2017, aponta que 96% dos entrevistados têm orgulho do agronegócio brasileiro.
A Especialista da Ascenza alega que a propriedade rural precisa ser gerida como uma empresa, com departamentos e responsabilidades definidas para evitar sobrecarga e garantir maior eficiência. A sucessão rural garante a continuidade das atividades agrícolas, a inovação e a adaptação das práticas tradicionais às novas tecnologias e métodos sustentáveis.