A notícia de que a Petrobras reduziu o preço do litro do óleo diesel foi recebida positivamente pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), mas a entidade considera que essa mudança não é suficiente para aliviar os desafios enfrentados pelo setor.
Segundo o presidente da entidade, Antonio Luis da Silva Junior, os custos operacionais do transporte rodoviário vão muito além do combustível. “Embora a redução do diesel seja sempre bem-vinda, o valor final do frete continua sem refletir a realidade do setor. O transporte já opera há anos com uma defasagem significativa, o que compromete a rentabilidade das empresas e a qualidade dos serviços prestados”, afirma.
Insumos, manutenção dos veículos, impacto da má qualidade da malha rodoviária e mão de obra são outros pontos que devem ser levados em conta ao calcular o frete. O Setcemg lançou recentemente uma campanha de conscientização para esclarecer a sociedade sobre as regras e legislações que regulamentam o setor e seu impacto no preço do transporte.
“O que realmente precisamos é de uma estrutura de precificação justa, que considere todos os custos envolvidos no transporte. Sem isso, a redução pontual do diesel tem pouco efeito na realidade financeira das empresas”, reforça o dirigente.