A taxa Selic, atualmente em 15%, tem levado muitas pessoas a buscar alternativas para aquisição de um produto, e o consórcio tem sido uma delas. E vale para tudo — inclusive máquinas pesadas, usadas na construção civil, como escavadeiras e motoniveladoras. O modelo de negócio é destaque no estande da Bamaq Máquinas na InfraBusiness Expo, que acontece em Belo Horizonte até quinta-feira (14).
"Hoje, com a selic alta, o custo de operação ficou caro. As parcelas ficaram mais altas, a manutenção subiu, mas o aluguel se manteve. A conta não está fechando para o empresário. Tem que ter outras alternativas de crédito para o setor continuar se movimentando", comenta o coordenador nacional de consórcio da Bamaq, Átila Norberto. "O consórcio tornou-se hoje uma ferramenta de escape, ele é hoje muito bem visto na área de máquinas. É uma ferramenta de crédito muito importante, acrescenta.
Diferente dos consórcios habituais, que são corrigidos pela inflação e focados no reajuste do produto em específico no mercado, o modelo ofertado pela empresa, que conta com administradora própria, conta com uma taxa fixa de 3% ao ano. De acordo com Átila Norberto, esse é um dos diferenciais.
"Eu tiro a precificação do equipamento e coloco o reajuste que eu quero. Nós usamos a meta da inflação, que é 3%. Independente do valor da máquina no mercado, a minha parcela tem uma previsibilidade de 3% de reajuste", explica. Ele pontua que, com o valor da carta, o cliente pode comprar o equipamento que quiser, novo ou seminovo. Mas se for um equipamento da Bamaq, há negociações mais atrativas.
A empresa também aceita lance com máquina: em vez de dar um lance em dinheiro, o titular da carta negocia com a Bamaq a entrega de sua máquina usada quando for contemplado. O valor do lance vai variar de acordo com o preço do equipamento no mercado.
O modelo de consórcio vale para qualquer tipo de produto, inclusive os mais caros. Uma escavadeira de 45 toneladas da New Holland Construction, marca de equipamentos de construção da CNH, em parceria com a Bamaq, por exemplo, pode custar R$ 1,6 milhão.
Infra Business Expo
O evento, que acontece entre 12 e 14 de agosto, deve receber aproximadamente 30 mil pessoas e movimentar cerca de R$ 1 bilhão em negócios. Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e Fundação Dom Cabral, o estado é hoje um dos maiores polos da construção pesada do país, com mais de R$ 100 bilhões em investimentos previstos até 2031.