Foi inaugurado em Montes Claros, no Norte de Minas, o maior espaço de desenvolvimento e estudos sobre a macaúba do mundo. O Centro de Inovação Tecnológica Agroindustrial (Acelen Agripark) reúne pesquisa, tecnologia e inovação para desenvolver a macaúba como matéria-prima para produção de biocombustíveis – combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel verde (HVO) - e impulsionar a descarbonização da aviação e do setor de transportes pesados.
O projeto é da Acelen Renováveis, uma empresa de energia renovável do Mubadala Capital, companhia global de gestão de ativos com sede em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, criada para participar ativamente na transição energética global.
O empreendimento conta com apoio do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e de sua agência vinculada, Invest Minas. O investimento total é de R$314 milhões, com geração de 200 empregos diretos. São 59 hectares, com capacidade de germinar 1,7 milhão de sementes por mês e produzir 10,5 milhões de mudas por ano. As melhores plantas serão mapeadas para a produção de sementes, clonagem e melhoramento genético.
Luiz de Mendonça, CEO da Acelen Renováveis, destaca o pioneirismo do empreendimento e reforça a relevância do projeto para o país. “Com o Acelen Agripark, inauguramos o maior centro mundial dedicado à macaúba, transformando essa planta em solução energética escalável. O Brasil pode, e deve, assumir o protagonismo na transição energética, e a Acelen Renováveis reafirma hoje sua contribuição para esse futuro sustentável”, ressalta.
A secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa, celebrou a inauguração e os R$ 500 bilhões em investimentos privados atraídos para o estado desde 2019. “Esses resultados comprovam a confiança de investidores no nosso ambiente de negócios e reforça o protagonismo de Minas na inovação, na sustentabilidade e no desenvolvimento econômico mineiro”, destaca.
O diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga, acrescenta que esse é um grande passo para a transição energética no Brasil. “E reforça o papel de Minas Gerais como protagonista na condução de projetos estratégicos que unem inovação, sustentabilidade e bioeconomia”, afirma.
O projeto contou com cooperação científica e a transferência de tecnologias por meio da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). O esforço mobilizou as secretarias de estado (Sede, SEF, Seapa, Seinfra e Semad) e entidades como Codemge, Emater-MG e Feam.