O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,31% em abril, ante alta de 0,07% em março, informou na manhã desta sexta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi maior que a mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, negativa em 0,25% (intervalo de -0,12% a -0,47%).
O número representa o mais baixo resultado para o índice desde agosto de 1998, quando recuou 0,51%.
Em abril de 2019, o IPCA ficou em 0,57%. Como resultado, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses desacelerou de 3,30% em março para 2,40% em abril, ante uma meta de 4% perseguida pelo Banco Central este ano. A taxa do IPCA em 12 meses foi a mais baixa desde fevereiro de 1999, quando estava em 2,24%. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 0,22%.
Com queda de 2,66%, o grupo Transportes teve o maior impacto negativo no IPCA de abril, de -0,54 ponto percentual (p.p.). O recuo acentuado no preços dos combustíveis foi puxado pela redução de 9,31% na gasolina, que exerceu o maior impacto individual negativo no índice do mês, de -0,47 p.p.
Quedas e aumentos
O IBGE mostra que a gasolina registrou deflação em todas as 16 regiões pesquisadas, sendo a maior em Curitiba (-13,92%) e a menor no Rio de Janeiro (-5,13%). Etanol (-13,51%), óleo diesel (-6,09%) e gás veicular (-0,79%) também apresentaram queda em abril.
Entre as altas, a maior contribuição positiva de abril veio de alimentação e bebidas (1,79%), que segue aumentando e acelerou em relação ao resultado do mês anterior (1,13%), destaca o Instituto. (Com Estadão Conteúdo)