Artigos de luxo, os carros totalmente elétricos representaram 8% das vendas de eletrificados no Brasil em 2021, enquanto a maioria das vendas foi de opções híbridas, segundo balanço da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O híbrido mais vendido em 2021, com 11 mil unidades comercializadas, foi o Toyota Corolla Cross, que custa cerca de R$ 159 mil. Já o elétrico mais vendido, o Nissan Leaf Tekna, não vendeu sequer 450 unidades e custa quase R$ 250 mil. 

Em abril, a Renault lançou a versão elétrica do Kwid, o Renault Kwid E-Tech, com preço sugerido de R$ 142.990, o mais barato do Brasil. O valor é mais que o dobro da versão tradicional, de R$ 62.790.

Confira a lista dos elétricos mais vendidos do Brasil e o preço de cada um 

  1. Nissan Leaf Tekna: 439 unidades vendidas. Preço: R$ 293.790.
  2. Porsche Taycan: 379 unidades vendidas. Preço: R$ 629.000.
  3. Volvo XC40 Recharge: 375 unidades vendidas. Preço: R$ 399.950.
  4. BMW Mini Cooper Electric: 313 unidades vendidas. Preço: R$ 249.990.
  5. Audi E Tron: 252 unidades vendidas. Preço: R$ 632.990
  6. BMW i3 BEV 120AH: 159 unidades vendidas. Preço: R$ 337.950
  7. Fiat 500 E Icon: 146 unidades vendidas. Preço: R$ 255.990
  8. GM Bolt: 132 unidades vendidas. Preço:* R$ 317.000
  9. BYD ET3: 124 unidades vendidas. Preço:* R$ 229.000
  10. Renault Kangoo: 120 unidades vendidas. Preço: R$ 209.990

*Preço não informado diretamente no site das montadoras, diferentemente dos demais. 

Minas tem 12 carros elétricos da Tesla, de Elon Musk

A Tesla, comandada pelo homem mais rico do mundo, Elon Musk, teve o modelo elétrico mais vendido mundialmente em 2021, segundo dados compilados pelo site “Statista”. Já no Brasil, ela tem 175 carros em circulação no país, 12 deles em Minas Gerais, e não está nem entre as dez marcas mais emplacadas, segundo levantamento da empresa de energia solar fotovoltaica NeoCharge, com dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). 

Sócio-fundador do Grupo MBK, especializado em finanças estruturadas e mercado de capitais, o empresário Marcio Cadar é um dos poucos que possui um Tesla no Estado — e está prestes a adquirir o segundo. “Não é só por ele ser elétrico, mas porque a tecnologia embarcada é muito grande e sempre fui apaixonado por isso. Uso como um carro normal, todo dia”, conta. 

Seu primeiro modelo, o Model Y, custou cerca de R$ 780 mil. O segundo que ele encomendou, a SUV Model X, chegou a R$ 1 milhão e deve desembarcar no Brasil, após a importação, no final deste ano, após repetidos adiamentos em meio à crise da cadeia de suprimentos globais. 

Shopping centers de BH oferecem recarga gratuita para carros elétricos

Embora não fosse sua principal intenção, trocar os carros de motor a combustão por um Tesla elétrico significou economizar no combustível, explica Cadar. Ele gasta, em média, R$ 250 mensais para carregar o veículo em casa, mas também costuma carregá-lo em shopping centers — em BH, pelo menos BH Shopping, Del Rey, Diamond Mall e Pátio Savassi têm vagas especiais para veículos elétricos, com carregamento gratuito. “Deixo carregando quando vou ao cinema”, conta Cadar. 

Já nas estradas, ele reclama da falta de pontos de recarga. “Não consigo fazer uma viagem de BH para São Paulo sem ter que pernoitar no caminho. É uma estrutura que não temos no Sudeste”, pontua.