O cigarro é o produto vendido no Brasil com a maior carga de impostos incluída na composição de preço. Do total pago pelo consumidor de tabaco, 83,32% deriva de impostos - sejam eles estaduais ou federais, aponta levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT)

Além do cigarro, algumas bebidas também chamam a atenção, quando se fala do peso de impostos. A cachaça, destilado genuinamente brasileiro, ocupa a segunda posição com um índice de 81,87% de tributos embutidos no custo final do produto. 

Veja, abaixo, outras bebidas em que o valor das taxas públicas é mais alto para o consumidor: 

  • Chope - 62,20% 
  • Vinho importado - 59,73%
  • Champagne - 59,49% 
  • Espumante - 59,49% 
  • Vinho nacional - 44,73% 
  • Cerveja (lata) - 42,69% 
  • Cerveja garrafa - 42,69%
  • Cerveja artesanal - 42,69%
  • Refrigerante - 45%

Mas porque esses produtos são mais tributados? O presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, diz que o percentual de impostos, em alguns casos, segue o princípio da essencialidade.

Neste sentido, quando um produto não for considerado essencial - ou for nocivo à saúde, a alíquota deve ser maior. Já quando for algo em benefício ao cidadão, o tributo deve ser menor. 

“Isso deveria ser uma regra, mas nem sempre é atendido esse princípio porque, neste ponto, os governos são muito ‘gulosos’ e pensam mais em arrecadação, do que em saúde, educação e segurança”, opina Olenike. 

Lista 

No levantamento do IBPT mais de 120 produtos estão na lista em que constam os percentuais dos impostos sobre os preços praticados ao consumidor final. A pesquisa está disponível neste link