A indústria farmacêutica Biomm recebeu, nesta terça-feira (2), a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a aprovação para produzir em sua fábrica, localizada em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, a insulina Glargina (Glargilin).
Segundo a agência, a medida permite que a empresa realize etapas de formulação e envase do produto terminado em território nacional, na fábrica da empresa em Nova Lima. O produto já estava registrado, mas com fabricação exclusiva na China.
Essa autorização é importante para a saúde pública porque, nos últimos anos, toda a insulina consumida no Brasil tem sido importada. Atualmente, mais de 10% da população brasileira tem diabetes e mais de 6 milhões de pessoas precisam de insulina para manter a glicemia em níveis adequados - conforme dados do Ministério da Saúde.
“Trata-se de importante marco para o Brasil considerando o retorno da produção nacional de insulinas, ainda que neste momento seja apenas para as etapas de formulação e envase, refentes ao produto terminado”, afirmou a Anvisa em seu site.
De acordo com a Biomm, foram investidos R$ 800 milhões na fábrica de Nova Lima. No local, a capacidade é de produção de até 40 milhões de frascos e carpules (seringas) de biomedicamentos por ano, que, segundo a empresa, irão contribuir para atender mais de 80% da demanda nacional. A previsão é que sejam gerados 300 empregos diretos e 1,2 mil postos de trabalho indiretos.
Segundo a própria empresa, a Biomm detém tecnologia de produção de insulinas “pelo processo de DNA recombinante, que se caracteriza pelo uso de microrganismos em contraste com os processos puramente químicos. Processo que é patenteado nos Estados Unidos da América, Canadá, Europa, Brasil e Índia”.