Aeronautas

Greve dos pilotos ganha força e entrará no seu quarto dia nesta quinta

Nesta quarta-feira, 21, o Aeroporto de Confins registrou o primeiro cancelamento de voo; categoria promete continuar com paralisação

Por Shirley Pacelli
Publicado em 21 de dezembro de 2022 | 21:05
 
 
 
normal

Pilotos, copilotos e comissários de voos vão fazer o quarto dia de paralisação nos aeroportos do país nesta quinta-feira (22). O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, registrou nesta quarta (22), seu primeiro cancelamento. Mesmo com a greve, a BH Airport, que administra o terminal, divulgou que são esperadas 400 mil passageiros para as festas de fim de ano

Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a adesão ao movimento vem crescendo. Jão são, ao menos, 20 aeroportos afetados pelos atrasos e cancelamentos em voos nacionais e internacionais. 

Em Confins, o voo JJ3059, da Latam, que viria do aeroporto de Congonhas (São Paulo) foi cancelado. Outras três partidas tiveram atrasos: os voos G31701 para Brasília,  G31301 para Congonhas e o G31321, para Guarulhos, todos da Gol. Atrasos de até uma hora e meia foram registrados. 

Segundo a Infraero, Congonhas registrou 57 atrasos e 44 cancelamentos até às 14h de hoje. O terminal tem a maior adesão à paralisação. No Aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, foram 90 atrasos e 65 cancelamentos. Os atrasos na capital carioca, porém, podem ter sido causados também pelas fortes chuvas. 

Voos de Brasília, Porto Alegre e Fortaleza também registraram atrasos e cancelamentos, que acabaram afetando outros aeroportos do país. 

 

Sindicato dos Aeronautas ressaltou feito inédito de três dias de greve

Segundo Henrique Hacklaender, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a paralisação é inédita. “Talvez, nem nós nem as empresas esperássemos que chegaríamos ao terceiro dia”, disse em live divulgada nesta quarta. Ele lembrou que, em anos anteriores, as mobilizações duraram um ou dois dias apenas.

Os aeronautas reivindicam recomposição salarial, pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e ganho real (acima da inflação) de 5%, além de melhores condições de trabalho. 

As empresas aéreas, por sua vez, ofereceram no domingo (18) a recomposição de perdas da inflação e um ganho real de 0,5%, além da autorização para tripulantes venderem voluntariamente as folgas. Os aeronautas rejeitaram a proposta. 

Mesmo com a intermediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), as negociações entre os trabalhadores e o sindicato patronal não avançaram. Segundo o SNA, as paralisações das 6h às 8h vão continuar até que as exigências sejam atendidas. 

O Sindicato Nacional dos Aeroviários não se manifestou oficialmente nesta quarta. A reportagem de O Tempo entrou em contato e espera posicionamento. 

Com informações de Alexandre Nascimento.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!