Relógios, mercado imobiliário, tecnologia e agora um banco. Num momento em que os lucros do setor bancário nunca foram tão recordes, o grupo mineiro Seculus lança o Semear, voltado para empréstimos para pessoas físicas e jurídicas. A aposta é promissora.

A expectativa é de que, em menos de um ano, o banco seja responsável por mais da metade do faturamento do grupo. A previsão para 2006 é de R$ 130 milhões, 52% dos R$ 250 milhões esperados para todas as oito empresas da holding Seculus. O Semear vai funcionar por meio de parcerias com correspondentes bancários.

O crédito consignado está entre os produtos oferecidos, com foco para prefeituras e governos de Estado. "Os aposentados e pensionistas ainda não são contemplados, mas serão", diz o presidente do Banco Semear, Elcio Azevedo.

O executivo explica que o Semear nasceu da incorporação da Seculus Financeira ao antigo banco Emblema, comprado pelo grupo em 2004. "Começamos a atuar desde então, com a bandeira Emblema, mas só agora o Banco Central concedeu a autorização necessária para iniciarmos as operações", afirma.

A carteira é de R$ 105 milhões, sendo R$ 41 milhões de recursos do próprio Seculus e R$ 74 milhões de captação, principalmente por meio de títulos de renda fixa (CDBs). "Até o final do ano o patrimônio líquido deve saltar deste R$ 41 milhões para R$ 75 milhões", destaca Azevedo.

O grupo também está apostando no mercado imobiliário. Além de investimentos em loteamentos, os irmãos Azevedo pretendem alugar o antigo Central Shopping, de propriedade do grupo.

"A intenção é alugar para uma única empresa, por isso não estamos mais aceitando contratos para eventos no Espaço Seculus, o último será em janeiro de 2007, pois queremos deixar o espaço livre", afirma o diretor da área imobiliária, Márcio Azevedo.