O grupo Orteng estuda uma nova unidade fabril de equipamentos para geração de energia renovável em Minas Gerais. O vice-presidente, Ricardo Vinhas, diz que estuda, há quase dois anos, com um grupo nacional e outro estrangeiro, o investimento em área de produção de equipamentos em que a Orteng ainda não atua. “Seria uma nova fábrica”, diz o executivo, que prefere não adiantar os detalhes. A decisão final deve acontecer, de acordo com Vinhas, até o primeiro trimestre de 2015. Por enquanto, a companhia – que tem como um dos sócios o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade – prevê encerrar o ano com faturamento líquido em cerca de R$ 560 milhões, algo em torno de R$ 670 milhões a R$ 690 milhões brutos.

O grupo, que fabrica equipamentos para soluções em energia e automação, fará novos investimentos em 2015 na unidade de Itajubá, no Sul de Minas, para consolidar a atuação na fabricação de equipamentos em 500 KV. “São investimentos em máquinas que devem nos dar mais competitividade e aumentar o nosso portfólio de produtos”, explica.

Em Itajubá, a Orteng e outros sócios controlam a Balteau Produtos Elétricos. Essa indústria fabrica transformadores de potencial (TPs) e transformadores de corrente (TCs) para medição e proteção até 500 KV. “É uma empresa jovem, foi criada em 2006, porém de alto valor tecnológico e com importante participação no mercado brasileiro”, diz, sobre a unidade que emprega 250 pessoas e tem faturamento de cerca de R$ 80 milhões ao ano.

Ao mesmo tempo em que expande, o grupo também passa por um processo de reestruturação com foco em algumas áreas. A Orteng Equipamentos e Sistemas possui duas unidades fabris – uma com 850 colaboradores, e outra com 180 – ambas em Contagem, na região metropolitana de BH. “Resultado dos trabalhos de 2012 e 2013, temos uma carteira de trabalho confortável até meados de 2015”, informa Vinhas sobre a atuação desse braço da empresa. As duas unidades faturam cerca de R$ 480 milhões.

Outra empresa, a Orteng Energia, investe em linhas de transmissão (LTs) e em Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs), com portfólio de cerca de 170 MW de potência em desenvolvimento.