para driblar os altos preços

Leite caro? veja outros alimentos ricos em cálcio que estão mais em conta

Bebida láctea, afetada pelo aumento da inflação nos últimos meses, pode ser substituída em uma dieta equilibrada

Por Nubya Oliveira
Publicado em 01 de agosto de 2022 | 14:05
 
 
 
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O leite, um dos produtos mais afetados pelo aumento da inflação nos últimos meses, tem ficado cada vez mais distante da mesa de café dos brasileiros. Em 2022, o preço do item subiu 57% conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), divulgado na última terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O alto preço da bebida láctea é assunto em todos os locais do Brasil. Na fila do banco, dentro do ônibus, nas áreas comuns do prédio, o assunto é o mesmo: o preço altíssimo do litro de leite. Os consumidores que vão até os supermercados podem se deparar com o preço do item nas alturas. Em alguns estabelecimentos, o litro ultrapassa a casa dos R$ 8. 

O leite é consumido por muitas pessoas pelo fato de ser uma das fontes de cálcio mais expressivas para o organismo humano. Ele é um mineral essencial para melhorar a estrutura dos ossos e dentes, melhorar a força e contração muscular, auxiliar no processo de coagulação sanguínea e manter o equilíbrio do pH sanguíneo.

Entendendo a importância do cálcio para saúde, e levando em consideração o preço do leite, a nutricionista clínica Elisabeth Chiari Rios Neto explica quais outros alimentos também ricos em cálcio estão mais em conta neste momento. 

Segundo Elisabeth, as folhas verdes escuras, como espinafre, couve e acelga, dentre outras, são boas fontes de cálcio. “O suco verde é uma ótima sugestão para substituir o leite, mas as pessoas não podem abrir mão da couve,” deStacou. 

Os preços das folhas estão bem mais acessíveis no mercado. O molho da couve, por exemplo, pode ser encontrado em sacolões a partir de R$ 2. Já o espinafre, pode ser comprado, em média, a partir de R$ 3. Pelos mesmos preços é possível achar outras folhas como rúcula, agrião, mostarda e almeirão.

Neste caso, ainda há um benefício maior, pois de acordo com a nutricionista o nosso corpo absorve melhor o cálcio das folhas verdes escuras do que o do leite. “O leite é a fonte de cálcio mais famosa. Mas é preciso pensar na absorção dele no intestino. A absorção do cálcio do leite pelo organismo é de 30%. Já a das folhas verdes escuras, é de 50%,” explicou. 

Quem optar por incrementar mais um alimento ao suco, pode fazer o uso do gergelim, como sugere Elisabeth. Apesar de não ter um preço tão convidativo, a semente pode ser comprada no quilo, o que pode sair mais em conta. “Uma ou duas colheres já ajudam muito,” destacou a nutricionista. 

Em mercados e sacolões, 100g do gergelim branco pode ser encontrado a partir de R$ 4. A quantidade de cálcio por cada 100g da semente é de 82 mg.

Elisabeth ressalta que, caso as pessoas optem por consumir os alimentos de outras formas, como cozidos por exemplo, devem ficar atentas à preparação da couve e do brócolis. “Eles têm que ser refogados no azeite e cozidos no vapor porque têm uma substância (oxalato) que impede que o cálcio, nessa condição, seja absorvido pelo intestino,” esclarece. 

Alimentos de origem animal e vegetal 

O brócolis é outra dica importante. Em 100g do vegetal cozido tem cerca de 42 mg de cálcio. O preço do item também está mais interessante para o consumidor, que já encontra 
a unidade por cerca de R$ 5. 

Outra sugestão da nutricionista é a sardinha em lata. Aquela mesmo que a gente encontra nas prateleiras do supermercado. “É só ter o cuidado de comprar aquela que é conservada em óleo e descartar o óleo. Em uma lata, temos 219 mg de cálcio,” destacou Elisabeth. 

Os preços da sardinha em lata nos supermercados variam bastante de acordo com as marcas do produto. Mas, em geral, é possível achar o item, de 125g, a partir de R$ 5.

A nutricionista ressalta que é preciso ter equilíbrio no consumo dos alimentos ricos em cálcio, uma vez que é “a sinergia entre eles, ao longo do dia, que vai favorecer a absorção do cálcio e fazer com que ele desempenhe as funções no corpo.”

Ela ainda revela que “o excesso de proteína e de sódio na dieta, proveniente de alimentos industrializados, pode aumentar a eliminação do cálcio via urina,” destacou. O ideal é consumir a quantidade nutricional indicada para cada pessoa.

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