Quem quer acompanhar o Brasil na Copa do Mundo vestido com o mesmo modelo de camisa que será usada pelos craques da seleção no Catar precisa de paciência: o produto não é encontrado on-line nem nas lojas físicas de material esportivo da Grande BH. Nem mesmo na loja da Nike, a fornecedora da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o consumidor encontra a amarelinha.
“Semana passada, recebemos 30 camisas amarelas e outras 30 azuis. A amarela acabou em uma hora. A azul durou até esse sábado (19). O cliente vem comprar e já avisa um conhecido. Não temos o produto em loja alguma”, diz um atendente de uma das maiores redes de material esportivo do País. Segundo ele, a camisa custa R$ 350 e vem sem nome e número.
A maioria das lojas da marca coloca o nome do atacante Neymar na camisa, acompanhado do número 10. Neste caso, o cliente desembolsa mais R$ 20. Nas lojas dos shoppings Del Rey, BH e Minas, o consumidor consegue personalizar da maneira que quiser, optando pelo próprio nome ou por outro jogador convocado pelo técnico Tite.
“Fizemos um pedido de muitos produtos, inclusive da camisa away (a azul) e a de treino. Só recebemos cerca de 50 amarelas, que acabaram em três dias”, diz a funcionária de outra loja de materiais esportivos. Segundo ela, o torcedor tem “improvisado” para não ficar sem o uniforme para a Copa. “Muita gente compra a camisa alternativa (modelos com a bandeira do Brasil, em vez do escudo da CBF) ou as amarelas confeccionadas pelos clubes brasileiros. Do Flamengo, Atlético e Cruzeiro sai bastante”, afirma a mesma vendedora. Nesse estabelecimento, o preço também é de R$ 350.
Quem tenta comprar on-line também não encontra o produto. A reportagem procurou pela camisa em duas gigantes do setor esportivo, mas também não encontrou o produto. Nem mesmo a versão infantil é achada.
O Brasil estreia na Copa nesta quinta-feira (24), quando enfrenta a Sérvia na primeira rodada do grupo G. Os comandados de Tite ainda enfrentam Suíça e Camarões na primeira fase.
A assessoria da CBF informou que venda de camisas é uma questão da Nike. A entidade não vende e nem participa comercialmente da venda das camisas.
Já a Nike esclareceu que "mesmo com um planejamento acima do histórico, nos dois primeiros dias do lançamento dos uniformes, vendemos cerca de 10 vezes mais camisas em comparação com 2018. E, com 10 semanas de vendas, atingimos um recorde de 52% a mais de produtos vendidos, também em relação ao mesmo período de 2018".
De acordo com a empresa, "algumas peças se esgotaram em nike.com e, apesar do desabastecimento momentâneo, novos produtos estão sendo disponibilizados para reposição semanalmente".