Presença

Minas abriga uma das fábricas mais modernas da Ferrero

Poços de Caldas, no Sul do Estado, tem uma das 23 indústrias do grupo nascido na Itália

Por Helenice Laguardia
Publicado em 06 de setembro de 2018 | 03:00
 
 
 
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Uma das 23 unidades de produção do Grupo Ferrero no mundo está em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais. “Continuamos a fazer investimentos todos os anos de forma que Poços de Caldas está hoje entre as fábricas mais atualizadas em todo o mundo”, afirma o presidente da empresa no Brasil, Alessandro Nervegna.

A fábrica do Grupo Ferrero, que tem 400 funcionários, recebeu investimento total próximo aos R$ 300 milhões numa expansão das linhas de produtos que terminou em 2016, além de receber atualização tecnológica para as linhas existentes.

O grupo está presente no Brasil desde 1994, quando introduziu o Kinder Ovo. Em julho de 1997, a Ferrero iniciou a produção no Brasil, em Poços de Caldas, que atende o mercado interno e países como Alemanha, Argentina, Canadá, México, França, Itália, Equador, Rússia e Estados Unidos.

Para expandir o serviço a partir da fábrica instalada em Minas Gerais para mais mercados externos, Nervegna diz não ter ainda essa informação definida. “Dependerá de vários fatores internos e externos”, observa o presidente da Ferrero no Brasil.

Trajetória no Brasil. No início da trajetória no Brasil, o Grupo Ferrero começou com apenas dez funcionários, todos com um objetivo comum: desenvolver e expandir a empresa.

“Hoje, 24 anos depois, já contamos com cerca de mil funcionários e ampliamos nosso portfólio para mais oito marcas: Ferrero Rocher, Nutella, Kinder Bueno, Kinder Chocolate, Kinder Joy, Kinder Delice, Tic Tac e Ferrero Collection”, enumera o executivo. Sobre o volume total produzido na fábrica de Poços de Caldas, Nervegna informa a produção global consolidada no ano fiscal 2016/2017 que foi de 1.265.950 toneladas.

Planos de marketing. Nervegna afirma que o Brasil é um país estratégico para a Ferrero e que o grupo analisa cada um dos segmentos em que atua com muito cuidado. “Temos planos para cada marca de construir os valores que estão por trás de cada um e o posicionamento correto e adequado das características e das preferências culturais dos consumidores brasileiros. Um exemplo disso é a Nutella, que temos trabalhado seu consumidor como um ‘spread’ (passado ou espalhado no pão ou torrada) e, ao mesmo tempo, como a Nutella pode trazer um café da manhã mais alegre e familiar nos fins de semana”, diz.

Se há mudanças na maneira de comunicar a marca Ferrero para o público brasileiro, Nervegna diz que existem diretrizes globais para as marcas e também com a própria política de marketing que estabelece os compromissos assumidos pela Ferrero em nível global. “Nesse sentido as campanhas desenvolvidas em todo o Brasil respeitam as diretrizes, mas buscam uma abordagem que atenda às características culturais dos consumidores brasileiros”, analisa o executivo. Quanto ao volume de investimentos aplicados em um novo plano de marketing para o Brasil, Nervegna diz que esta é uma informação confidencial. “A empresa estabelece patamares claros e regulares para cada marca”, conclui.

Olhar do grupo tem um pouco mais de otimismo

Se há expectativa de aumentar o portfólio de produção na unidade industrial de Poços de Caldas, que atualmente totaliza nove produtos, o presidente da Ferrero no Brasil, Alessandro Nervegna, informa que a implantação de novas linhas dependerá de volumes alcançados em produtos que estão em fase de testes.

“Tendo recebido uma contribuição de investimento concluída em 2016, (Poços de Caldas) é uma das fábricas mais modernas do grupo. Vale lembrar que seguimos todos os compromissos e padrões de qualidade exigidos pelas matérias-primas estabelecidas globalmente”, afirma.

Mercado atual. De acordo com Nervegna, o Brasil sofreu um movimento na economia impactado por um processo de instabilidade nos últimos anos, com impacto no PIB e, consequentemente, na maioria dos segmentos de consumo, e muitos deles experimentando flutuações ainda maiores. No caso do chocolate, o executivo diz que houve “um comportamento alinhado ao mercado”. “E este ano tem nos levado a olhar com um pouco mais de otimismo”, diz.

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