O mercado de construção civil se aqueceu durante a pandemia de Covid-19. Para o bolso do consumidor, isso significa preços aumentando mais que o dobro nos últimos dois anos. Entre quase 70 produtos avaliados pelo site de pesquisa Mercado Mineiro, a maioria ficou mais cara nesse período, com aumentos de até 127,8%.

A maior alta  foi a da lata de 18 litros de tinta látex, cuja média de preço saltou de R$ 117,54 para R$ 267,75 entre 2021 e 2023. Outro item que ficou duas vezes mais caro foi o pacote de um quilo de cimento branco, que subiu 101,5% e foi de R$ 4,32 para R$ 8,71.

Produtos de maior valor agregado, como o tijolo milheiro furado, também sofreram uma alta significativa. A opção de 29 x 19 x 14 ficou 74% mais cara e, agora, o metro custa R$ 1.719,23 — há dois anos, era R$ 987,50.

O Mercado Mineiro apurou somente três produtos que ficaram mais baratos desde 2021. O  preço do quilo de pregos 17 x 21 baixou 11,8% e foi de R$ 10,95 para R$ 9,65. O prego 18 x 30 ficou 9,7% mais barato e caiu de R$ 10,91 para R$ 9,84. E a lata de 3,6 litros de esmalte sintético com brilho ficou 9,1% mais barata e caiu de R$ 74,13 para R$ 67,35. 

Pesquisar permite economia de até 84,7%

O Mercado Mineiro levantou valores em 21 estabelecimentos e descobriu variações de até 84,7% de preços. Essa porcentagem foi detectada no quilo de cimento branco, que varia de R$ 5,90 a R$ 10,90. A cola Polytubes Adesivo PVC de 75 g também tem uma variação significativa, de 75,5%, e pode ser encontrada de R$ 4,50 até R$ 7,90.

O administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, pondera que a qualidade dos materiais também interfere nos valores. “Quem está construindo ou reformando sabe o quanto é importante pesquisar preços. As variações são muito grandes, mas sempre temos que atentar à qualidade. Por isso, perguntar ao engenheiro, ao arquiteto ou ao mestre de obra sobre a qualidade é importante para fazer uma boa compra”, conclui.

A pesquisa completa, com todos os preços e endereços consultados, está disponível no site Mercado Mineiro