gastronomia mineira

Requeijão moreno é reconhecido como queijo artesanal em Minas Gerais

Governo do Estado diz que medida visa promover a valorização do produto, com geração de empregos e renda nas regiões produtoras

Por Nubya Oliveira
Publicado em 29 de abril de 2024 | 14:42
 
 
 
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Integrante da gastronomia mineira, o requeijão moreno foi reconhecido como um dos queijos artesanais de Minas Gerais. Em resolução publicada no Diário Oficial de sábado (27/4), o governo do Estado afirmou que o ato visa promover e valorizar o produto, incentivar a proteção do seu modo de fazer e a sua produção sustentável, com geração de empregos e renda nas regiões produtoras.

De acordo com o governo, o requeijão não vai receber nenhum tratamento tributário diferenciado. Ele seguirá as regras normais de comércio e tributação de produtos lácteos, como os queijos. Já sobre selo de qualidade, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) afirma que isso depende do interesse de cada produtor em se regularizar, o que pode ser feito no órgão de inspeção estadual ou dos municípios. 

Após o reconhecimento, agora o produto busca a regulamentação do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O documento estabelecerá normas para a produção e comercialização em queijarias e entrepostos localizados em microrregiões definidas, caracterizadas ou não como produtoras da iguaria.

Vale destacar que o requeijão é elaborado a partir do leite cru coagulado naturalmente e é obtido da fusão entre creme de leite cozido e massa de coalhada dessorada e lavada. A sua cor varia do amarelo ao marrom, com textura firme, sem olhaduras e de consistência homogênea. São confeccionados em formatos diversos, de esférico a retangular. A casca é fina e o sabor levemente defumado.
 
A produção do requeijão integra a história de várias regiões de Minas, sendo uma prática ensinada e aprendida ao longo das gerações.  No Vale do Mucuri, por exemplo, os municípios de Ataléia, Catuji, Franciscópolis, Frei Gaspar, Itaipé, Ladainha, Malacacheta, Novo Oriente de Minas, Ouro Verde de Minas, Pavão, Poté, Setubinha e Teófilo Otoni têm uma produção expressiva.
 
Conforme a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), nesses locais, foram identificados pelo menos 54 produtores desse tipo de queijo. Porteirinha, na região Norte, é mais uma referência na produção. “Outras localidades de Minas também podem ser demonstradas produtoras tradicionais, algo que será analisado durante os estudos do governo para a caracterização da iguaria,” diz o governo de Minas.

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