As tempestades de granizo, como a que atingiu Belo Horizonte e Região Metropolitana nessa terça-feira (14), costumam aumentar o movimento das oficinas de lanternagem nos dias posteriores ao das fortes chuvas. Isso porque a lataria dos carros, que ficam expostos ao temporal, podem sofrer danos provocados pelas pedras de gelo, como amassados e arranhões. Com isso, alguns motoristas recorrem aos centros de reparos para consertar os veículos.
As oficinas, principalmente as especializadas na técnica Martelinho de Ouro, que consiste em eliminar amassados na superfície do carro sem o uso de pinturas, são as mais procuradas pelos clientes. A reportagem perguntou a Bruno Henrique José, proprietário de uma oficina no bairro Eldorado, em Contagem, se a loja dele já havia recebido algum veículo danificado nesta quarta. “Estou finalizando um agora, e tenho dois agendados para entregar até sábado,” contou.
Os preços dos reparos dependem do grau de profundidade e da extensão da área afetada do automóvel. Mas de acordo com Bruno, esse serviço não custa menos que R$ 1.000,00. O tempo para liberação do carro também é relativo, mas o proprietário afirma que é, em média, de 1 a 4 dias.
Quem também percebe o aumento da demanda de reparos logo após os temporais de granizo, é Tarcísio Sena, proprietário da Sena Martelinho de Ouro, localizada no bairro Cachoeirinha, região Nordeste de BH. Segundo ele, “algumas pessoas trazem (o veículo) após as chuvas porque não conseguem ficar com o carro amassado.”
Mas, há também quem opta por esperar um tempo para consertar o automóvel. “Alguns aguardam o fim do período chuvoso, e outros, acreditam que o valor pode ficar mais barato quanto não tiver tanta demanda para esses tipos de serviços,” enfatiza. Sena também destaca que os preços dos reparos são bem variáveis. Porém, nos casos em que o dano é maior, o conserto pode demorar de 3 a 7 dias de trabalho, e custar de R$ 3.000, 00 a R$ 5.000,00.
Seguro cobre queda de granizo, chuva ou alagamento?
Os alagamentos, as enchentes, e até a queda de granizo durante a chuva podem ser uma dor de cabeça e tanto para quem tem um veículo que é atingido pelas instabilidades temporais. O seguro veicular pode ser útil nesses momentos, desde que seja escolhido da forma correta. A cobertura completa, que inclui o que é chamado de “cláusula compreensiva”, é o ideal para se proteger de quedas de árvores em vias públicas, inundações e danos por granizo – o que não é coberto por planos que incluem apenas danos a terceiros ou assistência 24h.
Apesar da proteção, é essencial buscar se proteger de situações-problema, tanto para segurança do contratante, quanto para que a franquia cobrada pelo acionamento do seguro seja evitada. "Todo seguro em que é contratada a cláusula compreensiva é considerado um ‘seguro total’. É importante que o cliente contrate a cobertura compreensiva, que é aquela que cobre danos ao casco do veículo. Só com planos de danos a terceiros, caso aconteça algum sinistro com o veículo, a apólice não contempla a cobertura. É essencial fazer a contratação correta”, explica Wesley Andrade, Head Minas Gerais da Porto Seguro. (Com colaboração de Lucas Negrisoli)