Siderurgia

Usiminas amplia investimentos para 2020 em 33% em meio à pandemia

Empresa teve prejuízo no trimestre, mas unidade de mineração registrou Ebitda recorde

Por Queila Ariadne
Publicado em 30 de julho de 2020 | 21:38
 
 
 
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Sob os efeitos da pandemia, que reduziu a demanda mundial pelo aço, a Usiminas registrou um prejuízo líquido de R$ 819 milhões no primeiro semestre deste ano.

No mesmo período do ano passado, a siderúrgica tinha lucrado R$ 248 milhões. Mesmo assim, a companhia vai ampliar em 33% o volume de investimentos previstos para 2020 e reativar operações que estavam paralisadas. 

De acordo com o presidente da Usiminas, Sergio Leite,  a economia começou a dar sinais de recuperação e, por isso, a empresa está se preparando para o momento da retomada.

“É com muita alegria que anunciamos a volta do alto-forno 1 e da aciaria 1, na usina de  Ipatinga (Vale do Aço), e a volta das nossas laminações em Cubatão (Baixada Santista). Tudo isso até agosto”, afirma Leite. 

Na expectativa da retomada econômica, a Usiminas vai investir R$ 200 milhões a mais do que previa. “Aumentamos nosso plano de investimentos de R$ 600 milhões para R$ 800 milhões”, destaca Leite. 

Apesar do prejuízo líquido de R$ 395 milhões no segundo trimestre de 2020, a companhia conseguiu reduzir as perdas que, no primeiro trimestre, tinham sido de R$ 424 milhões.

“Nós fizemos importantes reestruturações na nossa empresa nesse período, de forma a tornar a Usiminas Mecânica mais competitiva. Fizemos reestruturação na unidade de Cubatão e na Soluções Usiminas, além de investir em aumento da produtividade na usina de Ipatinga. Realizamos um importante trabalho no campo das finanças e alcançamos o terceiro maior valor de caixa dos últimos dez anos”, ressalta Leite.

No dia 30 de junho, a Usiminas tinha R$ 2,5 bilhões em caixa.

Vendas

No primeiro semestre, a Usiminas teve queda de 20% nas vendas de aço. Já o minério teve crescimento de 12% em relação aos primeiros seis meses de 2019.

A Mineração Usiminas (Musa) bateu recorde e atingiu o melhor Ebitda desde que foi criada: foram R$ 380 milhões no segundo trimestre.

“Estamos entrando no segundo semestre preparados, confiantes na retomada, com uma situação de caixa confortável e com uma situação de dívidas bastante equilibrada”, afirma Leite.

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