Criada em 2013, a Virada Cultural de Belo Horizonte é considerada um dos eventos mais importantes da capital mineira, com a proposta de promover um festival gratuito e simultâneo. Além de música, o evento traz na programação diversas áreas e linguagens: cinema, teatro, exposições, intervenções, gastronomia, instalações e esportes urbanos. 

As primeiras atrações na noite deste sábado (24) começaram às 18h com Batuque Dagmar no Palco Chico Nunes (Parque Municipal); Mangaia e Douglas DIN no Palco Vivo (Praça Rui Barbosa), Trio Ouvirá na Aarão Reis; entre outros. Eles deram a largada da maratona de shows por 24 horas em 7 palcos espalhados pelo hipercentro da cidade de Belo Horizonte. Com apresentação de mais de 230 atrações agendadas, a programação gratuita vai se estender até a noite de domingo (25), às 19h. 

O evento que está no calendário da cidade também convida as pessoas a ocuparem as ruas, convivendo com a diversidade em um mesmo espaço que é o hipercentro da capital mineira. O circuito passa pelos palcos localizados na Praça Sete, Parque Municipal, Viaduto Santa Tereza, Praça Raul Soares e Praça Rui Barbosa, na Av. dos Andradas. 

Uma das atrações mais aguardadas do sábado (24) foi a banda Banda Lagum, grupo que nasceu em Belo Horizonte. A banda mineira formada por Pedro Calais, Otavio Cardoso - Zani, Jorge Borges e Francisco Jardim se apresentou no palco montado na Praça Ruy Barbosa, às 21h40, de hoje.

Mas antes disso, o membro fundador da banda Rosa Neon, Marcelo Tofani, realizou um show  - o primeiro na Virada Cultural de BH - com músicas inéditas da sua carreira, além de canções do seu primeiro álbum solo “Fantasia de um amor perfeito”. 

“Tô muito, muito, muito feliz de estar tocando na Virada Cultural pela primeira vez, ainda mais agora, nesse momento da minha carreira solo. Lancei uma música há dois dias também, estou ansioso pra tocar ela pra geral e em casa, em BH”, disse o músico um pouco antes de subir ao palco.

Homenagem

No início da noite, no Parque Municipal, foi feita uma homenagem a um dos maiores cineastas mineiros, Guilherme Fiúza, que faleceu em 2024 e que deu nome ao espaço de cinema da Virada Cultural. 

Ao longo da madrugada, são exibidas duas das suas grandes obras: a animação brasileira “Chef Jack – O cozinheiro aventureiro” (2023) e o longa-metragem “O Menino no Espelho” (2014), adaptação do livro de Fernando Sabino.

Novo espaço

Uma novidade deste ano foi a inclusão da Praça Raul Soares na programação. O local vai ser ocupado pelo samba e carnaval de Belo Horizonte. 

A Sopa de Pedra, por sua vez, distribui a refeição pessoas que estão no percurso da Virada Cultural. Nesta edição, os chefs Américo Piacenza e Flávio Xapuri apresentaram o prato "Tutu Bêbado", receita que foi estudada e identificada em algumas festas de Reinado e Congado de Minas Gerais.

“A forma como alimentamos, como comemos, onde e o que comemos diz muito sobre quem somos, de onde viemos. Através da comida relevamos muito de nossa história de nossa cultura. Participar da Virada Cultural 2024 apresentando uma comida de congado é retornar a nossa ancestralidade”, disse o chef Américo Piacenza.

Chefs reunidos no projeto Sopa de Pedra na Virada Cultural. Foto: Alex de Jesus