Leandro Rogério, que ficou famoso no mundo do funk como Leandro Abusado, morreu na última segunda-feira (28), em decorrência da Síndrome de Fournier, infecção grave e rara que afeta os tecidos moles da região perineal, entre o ânus e os órgãos genitais. O artista estava internado no Posto de Assistência Médica (PAM) de Irajá, Zona Norte do Rio.
Em março, já no hospital, Leandro fez um vídeo para atualizar seu estado de saúde e alertar seus seguidores sobre a doença que enfrentava.
"Isso tudo é causado por uma bactéria que penetra pela pelo e se espalha pelo corpo. Se não se tratar e se cuidar, vai inchar tudo e a bactéria vai comer a comer os pedaços de carne. Foi o que aconteceu comigo, minhas partes íntimas começaram a inchar, eu não sabia o que era, fiquei convivendo com isso duas semanas, e na segunda vi que estava saindo um cheiro estranho. Fui ao hospital e já estava algumas partes necrosadas", relatou o funkeiro.
Leandro Rogério chegou a fazer uma vaquinha na internet e arrecadar R$ 1.699,56 para custear parte do tratamento, pois ele precisava usar fraldas geriátricas e ter cuidados específicos com o ferimento.
Leandro Abusado ficou conhecido nos anos 2000 ao formar, junto com a cantora Maysa, o grupo "Leandro e As Abusadas". Eles ganharam destaque nos famosos bailes da Furacão 2000 e rodaram o Brasil com seus shows. Embora hoje esteja menos presente nos palcos, Leandro continua ativo na música: ele é um dos compositores do hit "Aqui no baile do Egito", que recentemente viralizou nas redes sociais, especialmente no TikTok.
Já a Síndrome de Fournier é, na maioria dos casos, provocada por ferimentos ou abscessos na região do períneo. Também pode surgir após procedimentos urológicos, ginecológicos ou anais, além de picadas de insetos, má higiene íntima, infecções na bexiga ou no trato urinário, e lesões como arranhões ou queimaduras. Infecções anorretais e urinárias estão entre as causas mais comuns da doença.