Belo Horizonte se transforma em uma “tela” a céu aberto mais uma vez neste sábado (6/9), durante a 8ª edição do Festival CURA – Circuito Urbano de Arte. O evento mantém a tradição de colorir o horizonte da capital com novas empenas pintadas, desta vez na Praça Raul Soares, no hipercentro. As pinturas são assinadas pelos artistas mineiros Paulo Nazareth, Sylvia Amélia e Julianismo. Além da arte que transforma a paisagem, a programação leva música, performances e experiências audiovisuais.

“O CURA deste ano nasce da praça e volta para a praça. A Raul Soares é mais do que cenário: é território vivo, onde fluxos, encontros e diferenças se cruzam. Nossa proposta de ‘PRACIFICAR’ é transformar a praça em parque, aberta a todas as idades, onde a arte convive com a vida cotidiana. Por isso, expandimos as linguagens — música, esportes, instalação, dança — sem perder o gesto que nos fundou: pintar a cidade, dar novos horizontes e reinventar o comum. O CURA é um convite para experimentar a cidade como lugar de permanência, criação e dissenso”, explica Priscila Amoni, uma das diretoras do projeto.

O estudante Pedro Martins aproveitou o clima para se reunir com amigos no Mirante da Praça Raul Soares. “BH é doido demais. Muito bom esse projeto, olhar para os seus e ver o pessoal desafiando a adrenalina no highline. Fora as empenas que colorem a cidade”, elogia.

Entre as novas empenas — lateral de um prédio usada como superfície para pinturas ou murais urbanos — está a obra “Nome da Arte”, de Paulo Nazareth. Mineiro já conhecido por trabalhos em galerias que atravessam questões de raça, território, migração e colonialismo, ele estreia nesta edição do festival pintando sua primeira empena no CURA, no edifício Garagem.

Já Sylvia Amélia aposta em linguagens híbridas que transitam entre a palavra, a poesia e a materialidade da arte. Conhecida por performances e instalações que unem palavra e imagem, Sylvia já apresentou obras em diferentes espaços de circulação e desenvolve pesquisas que articulam o cotidiano, a memória e a escrita como forma de gesto visual. No CURA, ela traz uma inovação inédita: em vez de pintura, realizará uma instalação com acrílico, intitulada Pause, que projeta sombras em movimento ao longo do dia. Será a primeira vez que o festival recebe uma obra com esse suporte, trazendo outra dimensão para o diálogo da cidade com sua paisagem.

A terceira empena é assinada por Julianismo, jovem artista belo-horizontina que vem se destacando com trabalhos autorais e experimentais. Sua presença no CURA é uma aposta no futuro da arte urbana da cidade, abrindo espaço para novas linguagens visuais no horizonte de Belo Horizonte.

Veja a programação do Festival CURA neste sábado e domingo:

Dia 6/9 (sábado)
13h às 19h – Highline Feelings
15h às 19h – Velódromo Raul Soares
19h30 às 20h – Premiação Velódromo
14h às 16h – DJ Pat Manoese
16h às 19h – DJ Fê Linz
19h às 22h – DJ Bruna Castro
VJ Suave

Dia 7/9 (domingo)
13h às 19h – Highline Feelings
14h às 16h – DJ Sandri
16h às 19h – Roda de Samba com Aninha Felipe e convidadas
19h às 21h – DJ Black Josie
14h às 18h – Rua de Lazer
17h às 18h – Cortejo Piranhas CURA (saída e retorno – Praça Raul Soares)