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Show

Desafiando a norma, Fado Bicha se apresenta pela primeira vez em BH

Duo português se apropria do tradicional gênero musical de seu país para discutir questões como diversidade, racismo e intolerância

Por Jessica Almeida Publicado em 30 de novembro de 2019 | 06h00 - Atualizado em 2 de dezembro de 2019 | 15h48
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A identificação entre Tiago Lila, 34, e o fado nasceu a partir da dor. Na adolescência, questões como problemas familiares, bullying e outros tipos de violência vividos na escola e na rua despertaram uma ligação emocional com o tradicional gênero de seu país, a partir de temáticas como o desespero, o abandono e até a morte. Por anos, essa relação foi mantida no âmbito privado, longe das casas de fado ou quaisquer outras instituições. Já adulto, em busca do sonho de cantar, na primeira vez que recorreu a uma delas – uma escola de formação de fadistas – a frustração: ouviu de um professor que não podia cantar “um fado de mulher”.

A partir dali, nasceu Lila Fadista, sua persona artística. Pouco depois, ela encontraria o guitarrista João Caçador, 30, para formar o duo Fado Bicha, que deixa Portugal para vir ao Brasil pela primeira vez e abre sua turnê neste sábado (30), aqui em Belo Horizonte. “Saí da escola e comecei a bolar essa ideia, um fado em que eu pudesse criar um lugar novo, trazendo tudo o que eu era”, conta Lila, que a princípio se apresentava solo, à capela, numa casa noturna lisboeta. Ao se reconhecer naquele show, Caçador propôs a parceria. “Eu andava à procura há algum tempo de representatividade no fado e da possibilidade de estar por inteiro na canção e na arte, coisa que já não sentia que conseguia fazer”, afirma o músico.

A expressão começa no aspecto visual – se apresentam maquiados, vestidos com tecidos coloridos e brilhantes e de sapatos de salto – e prossegue no repertório. Mas mais do que cantar “no gênero errado”, criam releituras de clássicos para contemplar outras discussões. Assim, duas canções imortalizadas por Amália Rodrigues foram transformadas. “Namorico da Rita” se tornou “Namorico do André”, sobre o romance entre um peixeiro e um pescador. Há também “Crônica do Macho Discreto”, versão de “Nem às Paredes Confesso”, sobre um homem supostamente hétero mas que é adepto de aplicativos de encontros gays. 

“Foi importante nos apropriarmos dos fados que já existiam mas não nos incluíam na sua poética. Não há narrativas entre dois homens, duas mulheres, pessoas trans, embora essas pessoas sempre tenham existido no fado, mas à margem. Nosso objetivo, a princípio, foi nos apropriarmos dos tratados e quase rasgá-los, nos colocarmos dentro deles”, explica Caçador. Pode parecer subversivo, mas na verdade tem tudo a ver com a própria origem do gênero, como observa Lila. “O fado nasceu no seio das comunidades mais destituídas de Lisboa, em meios ligados ao trabalho sexual, ao álcool e também à migração, por isso tem influências de gêneros musicais de diversas origens e também já passou por várias fases. Essa ideia de um fado cristalizado, igual desde o início, imutável, é falsa”.

Pouco explorado em Portugal 

Às reflexões sobre gênero somam-se questionamentos relacionados a outros aspectos da sociedade. Um deles é o racismo. “Lisboa, Não Sejas Francesa” é outra música conhecida na voz da Rainha do Fado que ganhou releitura: “Lisboa, Não Sejas Racista”. Também cantam – na segunda pessoa do singular, cabe frisar – “Mulher do Fim do Mundo”, de Elza Soares, que tem apresentação precedida da leitura do texto “Banzo”, sobre escravização e o sistema colonial português no Brasil. Foi retirado do livro “Deus-Dará”, da escritora e jornalista portuguesa Alexandra Lucas Coelho, que viveu no Rio de Janeiro. 

“É uma reflexão sobre nossa branquitude e sobre a nossa história colonial, um tema ainda tão pouco explorado pelos brancos no país”, pontua o guitarrista. O clipe, lançado há três meses, traz quatro dançarinas não-brancas, naturais de Angola, Guiné-Bissau, Portugal e Brasil, ocupando o Salão Nobre da Prefeitura de Lisboa. “É uma proposição de autocrítica a dança desses corpos em contraste com os grandes quadros de homens brancos que ocupam esse cenário. Essa discussão existe em Portugal, mas não está acontecendo nos espaços hegemônicos. A violência do período colonial tem consequências até hoje e essa autocrítica não está sendo feita”, acrescenta Lila. 

Paradoxo aparente

Outra expressão apontada como incipiente por ela é relacionada a artistas queer, em oposição ao Brasil, que, nos últimos anos, vem observando uma explosão de manifestações nesse sentido. O que parece irônico ao se considerar que, do lado de cá, o conservadorismo tem ganhado força e tem entre um de seus maiores símbolos a eleição de um presidente de extrema-direita. Enquanto Portugal, por sua vez, reelegeu recentemente um governo progressista. 

“Ainda são poucos os artistas queer em Portugal, embora existam. No Brasil, essa cena tem tido uma expressão cada vez maior e já os artistas que fazem essa música são parte do leque de grandes artistas a fazer música agora. Acho que tem a ver com a ligação entre uma expressão forte em locais onde há mais repressão”, avalia a fadista. “Já em Portugal, acho que a cultura reinante é de moderação, favorece a modéstia, a humildade e o recato. Isso está muito presente culturalmente e em particular na música. Acho que musicalmente existe um centro nevrálgico que é valorizado em cada momento, e há poucas possibilidades de fuga disso. O que se reflete também na fraqueza da criação de música queer e de intervenção no país”, acrescenta. 

A turnê do Fado Bicha passa também por São Paulo e Rio de Janeiro. Seu primeiro disco já está sendo gravado e a previsão de lançamento é o ano que vem. O trabalho conta com a produção de Luis Clara Gomes, artista conhecido por seu projeto de pop eletrônico Moullinex, e o primeiro single vai ser lançado no próximo dia 14, no show do Rio. 

Agenda

Onde. Gruta (r. Pitangui, 3.613, Horto).
Quando. Sábado (30), a partir das 22h30 (abertura da casa).
Quanto. R$ 15 até meia-noite (R$ 20 após esse horário).

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