A mineradora Vale lançou nesta terça-feira (22) o Instituto Cultural Vale. Em comunicado à imprensa, a empresa enfatizou que o propósito é "democratizar o acesso e fomentar a arte, a cultura e o desenvolvimento das expressões artísticas regionais". Segundo Luiz Eduardo Osorio, diretor-executivo da Vale e presidente dos Conselhos Estratégico e de Curadores do Instituto Cultural Vale e da Fundação Vale, com a iniciativa, "a companhia consolida sua trajetória como uma das principais incentivadoras da cultura no país e avança no propósito de fomentar as múltiplas manifestações e expressões culturais brasileiras, em toda a sua diversidade e potencial".
O executivo complementou: "A Chamada Vale de Patrocínios Culturais, com lançamento simultâneo ao do instituto, tem enorme potencial para estimular a produção artística e impulsionar a indústria criativa em todo o Brasil, especialmente nas áreas tradicionalmente menos privilegiadas pelos investimentos em cultura. Osorio se refere ao edital - cujas inscrições vão desta terça ao dia 14 de outubro, no site do Instituto - criado para garimpar projetos que valorizem os patrimônios e identidades brasileiras, ao mesmo tempo em que contribuam para o desenvolvimento socioeconômico nos locais onde são realizados. De acordo com o material explicativo da iniciativa, serão aceitos projetos de proponentes de todo o país.
No site também estão disponíveis o regulamento e o manual do proponente. A seleção destinará um total de R$ 20 milhões em recursos incentivados pela Lei Federal de Incentivo à Cultura a projetos culturais em quatro faixas de valor: até R$ 250 mil, até R$ 500 mil, até R$ 1 milhão e até R$ 2 milhões.
A divulgação preliminar dos resultados será feita no dia 25 de outubro, e a final. no dia 1º de dezembro, no site do Instituto Cultural Vale.
O Instituto Cultural Vale terá um painel de especialistas, formado com o intuito de apoiar a diretoria e o conselho da instituição. Entre os nomes já confirmados, estão acadêmicos e representantes do meio cultural, como a escritora Heloísa Buarque de Hollanda e a fundadora da Redes da Maré, Eliana Sousa Silva.
Equipamentos. Atualmente, o Instituto Cultural Vale gerencia mais de 60 projetos criados, apoiados ou patrocinados pela Vale em cerca de 50 municípios brasileiros. Dentre eles, está a rede de espaços culturais próprios, como o Memorial Minas Gerais Vale, integrante do Circuito Liberdade, aqui, na capital mineira. Ou o Museu Vale (ES), o Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e a Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Todos, claro, estão temporariamente fechados desde março, em função da pandemia da Covid-19, mas seguiram, nestes últimos meses, apresentando programação online gratuita em seus canais próprios.
No comunicado, a empresa listou, ainda, alguns dos apoios com patrocínio e/ou como parte da estrutura de governança, como o Museu do Ipiranga, o Museu de Arte do Rio, o Theatro Municipal, o Instituto Inhotim, o Museu de Congonhas e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Também apoia a conservação do Cristo Redentor (Rio), do Museu de Congonhas (MG), da Basílica de Nazaré (PA) e das fachadas do centro histórico de São Luís (MA). O Instituto Cultural Vale fomenta, ainda, a Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro, festividades e ações de circulação, como o Círio de Nazaré, no Pará.
Em 2019, criou o Programa Vale Música, rede colaborativa de ensino e aprendizagem composta pelos projetos musicais dos quatro estados e as maiores orquestras do país. Ao todo, a rede envolve mais de 240 profissionais e mais de 1.000 estudantes. São parceiras do Programa Vale Música a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra Ouro Preto e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, patrocinadas pela mineradora por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.