Não se trata de especular o futuro por meio de previsões, mas de compreender como cada oráculo interpreta as forças do novo ano que se inicia, sinalizando o que há de positivo ou negativo, desafios e potenciais. 

Exu, Omolu e Iansã vão reinar em 2025, um ano desafiador, com muitos desequilíbrios mentais, dificuldades financeiras e desavenças. Mas Iansã, com seu poder feminino, vai se empenhar em afastar os ventos ruins. 

A dança dos planetas entrando e saindo dos signos não vai deixar nada morno. Zero monotonia. Será um ano com reviravoltas e com um diálogo inusitado entre Urano, Netuno e Plutão, como há muito não acontecia. 

Contemplando os números, a soma dos algarismos de 2025 é nove, e a soma dos algarismos de 25 dá sete. A humanidade vai receber a influência dessas energias, e será prudente pensar muito antes de agir e pesar as decisões. Será um ano de incidentes e acidentes de todas as naturezas, inclusive diplomáticos e políticos, mas a boa notícia é que os anjos estarão vigilantes. 

E o que diz o tarô? A soma de 2025 é representada pelo arcano nove, o eremita, sinalizando uma período ideal para empreender viagens internas e absorver a sabedoria que aí se encontra. 

Exu, Iansã e Omolu são os orixás de 2025 

Exu, aquele que faz a ponte entre o humano e o divino e é responsável por abrir caminhos, será o anfitrião do ano que se inicia, esticando o tapete para Omolu e Iansã. 

“Isso significa que o ano começa ainda pesado, com muita negatividade, que precisa ser transmutada. Ainda teremos muitas desavenças familiares e problemas financeiros. Em termos financeiros, o Brasil e os brasileiros vão passar muito apuros. É preciso cuidar do dinheiro”, analisa mãe Glória de Oxum, dirigente da Casa de Cultura Lode Apara. 

No primeiro semestre, quem vai comandar é Omolu, também conhecido como “Obaluaiê”. “Ele é o orixá que trata das doenças, principalmente das feridas e mazelas do corpo, da mente e da alma. Cresce o número de pessoas com problemas mentais. O ser humano está muito desequilibrado. Precisamos ter tranquilidade para poder lidar com as negatividades do mundo”, comenta a mãe de santo. 

A partir de julho, Iansã, que representa a força feminina, “vai se esforçar muito para levar os ventos ruins e a negatividade reinante”. “Por isso, a calma é fundamental, além da reflexão para fazermos as coisas certas, com consciência. Devemos ter cautela, agir sem precipitação com a família, no trabalho e nos negócios para conseguirmos realizar boas ações”, observa mãe Glória. 

Ela ressalta que a fala será “nossa maior inimiga em 2025”. “(É preciso) medir as palavras para que elas se não voltem contra nós. Que nossa fala seja produtiva, traga aconchego e respeito e expresse nossa humanidade com nossos semelhantes. Juntos, venceremos as dificuldades”. 

Urano, Netuno e Plutão vão dialogar   

Para que se possa entender o céu astrológico de 2025, é preciso antes algumas considerações. “A chegada de Plutão ao signo de aquário andou mobilizando os amantes da astrologia durante os últimos dois anos, até que, por fim, depois de várias entradas e saídas – como é costume dos planetas lentos –, ele entrou de vez no signo em 19 de novembro”, observa o astrólogo, músico e escritor Waldemar Falcão. 

E, entre 2025 e 2026, teremos como principais atrações outros três planetas lentos fazendo essa mudança de signo. Saturno vai “ensaiar” uma entrada em áries ainda em 2025, embora a entrada definitiva seja em 2026. “Ele entra no dia 25 de maio de 2025 e fica até 1º de setembro, quando recua para peixes, só entrando de vez em áries em 13 de fevereiro de 2026”, explica o astrólogo. 

E continua: “Urano entra em gêmeos em 7 de julho de 2025, recua para touro em 7 de novembro do mesmo ano e só entra de vez em gêmeos em 25 de abril de 2026. Netuno entra em áries pela primeira vez em 30 de março de 2025, onde permanece até 22 de outubro, quando volta a peixes. A entrada final dele em áries será em 26 de janeiro de 2026”. 

O astrólogo esclarece que essa movimentação dos chamados “planetas geracionais” é um marco muito importante dos próximos tempos. “O fato mais significativo é a mudança de elementos que vai acontecer por causa disso. Todos esses planetas citados estão encerrando longos períodos em signos de terra e água e migrando para signos de ar e fogo”. 

Na prática, isso vai resultar no que ele chama de “mudança de vibe, para usar um termo popular”. “É essa mudança que vai dar o tom dos próximos tempos – lembrando que Saturno fica dois anos e meio em cada signo, Urano fica sete anos e Netuno, 14 anos. Por conta disso, já em 2025 teremos um ‘esquenta’ dessa mudança, na qual principalmente os chamados transaturninos (Urano, Netuno e Plutão) vão formar ângulos de 60° e 120° entre si, estabelecendo um diálogo que há muito tempo não se vê nos céus”, diz Falcão. 

O especialista finaliza: “Mas, como se viu, a entrada final só será em 2026, motivo por que 2025 se apresenta como um ano cheio de movimento e, por isso mesmo, bastante cheio de reviravoltas. Quando os planetas lentos preparam essa mudança de elemento, cada entrada e saída produz turbulências e mudanças bastante significativas. Uma coisa é certa: não vamos nos queixar de tédio em 2025”. 

 Incidentes e proteção dos anjos   

A soma dos algarismos de 2025 é nove, e a soma dos algarismos de 25 dá sete. “Essas são duas influências que exigem decisões bem-pensadas e reflexões para evitar incidentes e acidentes de todas as naturezas, inclusive diplomáticos e políticos. As nações darão ênfase às deportações seletivas e terão pouca diplomacia, inclusive com um incidente diplomático envolvendo embarcações e submarinos”, comenta a numerologista Hannah Queops. 

Segundo ela, será preciso que haja uma reestruturação interna mundial nos setores de segurança e polícia e nas Forças Armadas. “Os governantes mundiais devem buscar a paz e a diplomacia em suas negociações. Alguns líderes vão cair, e Vladimir Putin, presidente da Rússia, poderá perder o apoio dos homens ricos e colocar em risco seu poder. O ano não favorece aos que têm cargo de vice, podendo afetar o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, em sua trajetória. O presidente Lula ainda terá sua saúde abalada”, prevê. 

A numeróloga diz que será um ano de ventania, tornados e terremotos nos Estados Unidos, no Peru, no Chile, na Turquia, na Síria, na China, no Japão e na Oceania. “E nossas atenções devem se concentrar na fome da África, pois de lá podem surgir guerras e doenças. Haverá entraves a superar nas áreas de comércio, indústria, mineração e tecnologia”. 

Hannah conclui afirmando que a área espiritual vai ter um aumento de profecias relacionadas a guerras e medos de fim do mundo. “Mais objetos voadores não identificados nos céus de todo o mundo. Por outro lado, a energia de luz e dos anjos vem para acalmar os ânimos”. 

Eremita traz a introspecção 

 O que diz o tarô para o próximo ano? “Anualmente, temos um arcano regente obtido pela redução teosófica do número. A soma de 2025 dá o arcano nove, o eremita, sinalizando que a tendência é de um período voltado para a introspecção, a solitude, para empreender jornadas para o interior de nós mesmos e elaborar os conteúdos que estão aí”, comenta Lucielle Medeiros, astróloga, taróloga e artista. 

Ela considera que “o recolhimento em casa – seja a casa em que moramos, seja a casa no sentido de pensamentos e sentimentos que habitam dentro de cada um) – promete descobertas riquíssimas”. “É o ano para lembrar que a maior parte das respostas que precisamos já se encontra dentro de nós. Excelente para investir em autoconhecimento, assim como para todos os profissionais que trabalham nessa área: astrólogos, tarólogos, psicólogos, terapeutas etc. Para quem passou a pandemia inteira reclamando que não podia sair e socializar, fugindo do contato com a própria interioridade, é uma segunda chance”. 

Segundo a taróloga, é importante lembrar que “todo arcano tem luz e sombra, e nós viveremos ambas ao longo de 2025”. “O lado sombrio do eremita é chegar a um ponto em que já se digeriu tudo e se começa a fabricar pensamentos que não condizem com a realidade. Pensar demais e não comprovar com a experiência imediata. É aquela clássica situação em que alguém fica se perguntando durante meses por que fulano não lhe dirigiu a palavra num dia em que se esbarraram na rua e, numa simples pergunta a essa pessoa, ela diria que estava com a boca dormente porque tinha acabado de fazer um tratamento dentário”.