Durante séculos a Espanha foi o berço da contemplação. Muitos homens e mulheres deixaram suas vidas cotidianas para trás, optando por uma rotina de reclusão, oração, meditação e um contato íntimo consigo mesmo e com a natureza em mosteiros. Essa realidade é contada de forma intimista no documentário espanhol “Livre: Duc in Altum” (expressão que no latim significa “avançar mar adentro”), que estreia nos cinemas do Brasil em 15 de agosto, contemplando uma viagem ao interior do homem.

“Obtivemos permissão para entrar e conversar com pessoas que raramente falam, em lugares que permanecem fechados ao mundo, os mosteiros, revelando a beleza desses locais e a sabedoria de quem neles vive. O que leva uma pessoa do século XXI a despojar-se do mundo que conhece e retirar-se dele para o resto da vida? Como essa pessoa pensa? O documentário apresenta uma visão rara da vida contemplativa e aborda grandes questões da existência do homem, com um único objetivo: ouvi-los”, comenta o diretor, Santos Blanco.

“Livre” responde à questão: é possível falar de liberdade em um documentário sobre a vida em clausura? “A resposta é sim e é embasada na grandeza da vida monástica, que transpassa o entendimento daqueles que a veem como uma existência solitária e exclusivamente dedicada à oração. O filme redefine essa visão, mostrando a vida comunitária e a convivência diária dos monges e monjas, que compartilham afazeres e vivem uma profunda apreciação da fé, dentro e fora dos muros do mosteiro”, diz o diretor.

Filmado na Espanha, o documentário, que tem roteiro de Javier Lorenzo, contempla o cotidiano de 12 monastérios e não só oferece um vislumbre das práticas monásticas, mas também inspira o público a buscar uma conexão mais profunda com sua própria espiritualidade. Todos os monges e monjas filmados pediram o anonimato, por isso seus nomes não estão nas legendas das fotos.

O documentário leva os espectadores a uma jornada pela Espanha, conhecida como berço da contemplação, explorando a vida em mosteiros e dialogando com a rica tradição religiosa e vocacional que são Bento tanto valorizava: oração e trabalho (“ora et labora”), um dos fios condutores que permeiam o documentário, convidando o público a uma imersão na busca espiritual e liberdade interior. 

Aclamado pela crítica especializada, “Livre: Duc in Altum” foi o documentário mais visto nos cinemas da Espanha em 2023, com um público de 100 mil pessoas, segundo dados do Ministério da Cultura local. A produção já passou pelos Estados Unidos, México, diversos outros países da América Latina e, mais recentemente, pela Polônia.

O filme recebeu três indicações a prêmios internacionais, destacando-se como vencedor no The Movie Music International – Recognition Awards na categoria de Melhor Trilha Sonora para Documentário, a qual foi composta por Oscar M. Leanizbarrutia.

“É surpreendente o número de monges e monjas que contribuem com suas orações, seus testemunhos. Espero que, com o filme, as pessoas possam visitá-los, são lugares muito especiais de meditação, silêncio e natureza”, ressalta Blanco em entrevista ao portal espanhol Religión en Libertad.

Confira o trailer: https://www.youtube.com/embed/95tqEWXkCxo?feature=oembed.

Vivenciar a fé por meio do cinema

Desde seu lançamento, o documentário “Livre: Duc in Altum” tem recebido elogios da crítica especializada, que tem evidenciado a sua qualidade artística, o rigor documental e a capacidade de transmitir a grandeza da vida monástica. Destaca-se ainda a fotografia, que enriquece de forma singular a proposta do filme ao capturar a serenidade e a beleza dos mosteiros e paisagens espanholas.

Para Angela Morais, CEO da Kolbe Arte, distribuidora do filme, “trazer este documentário para o Brasil é um marco significativo para a Kolbe Arte”. “Ele não só ilumina a profundidade da vida monástica e da contemplação, mas também oferece ao público uma oportunidade única de refletir sobre a vida religiosa e vocacional. Estamos orgulhosos de compartilhar esta obra, que dialoga com nossa missão de proporcionar experiências de fé por meio do cinema”. (AED)

Passa Tempo: Encontro vai reunir ufólogos e simpatizantes

Ufólogos e amantes do fenômeno podem anotar na agenda: no próximo dia 10 (ver agenda), acontece o III Encontro Ufológico de Passa Tempo, promovido pela Associação Cultural Passatempense, Casa da Cultura e Museu Histórico de Passa Tempo, em parceria com M. Rangel Produções, por meio do projeto estadual da Lei Paulo Gustavo de Incentivo à Cultura.

Os ufólogos convidados são: Antônio Faleiro, Paulo Barak Werner, Albert Eduardo, José Estevão de Morais Lima e João Marcelo Marques Rios, que vão falar sobre suas áreas de atuação, abordando suas pesquisas. Alguns contatados de Passa Tempo vão narrar de que forma o contato aconteceu. Ao final de cada apresentação, o público poderá fazer perguntas aos palestrantes.

Segundo o organizador do evento, José Estevão de Morais Lima, pesquisador científico do fenômeno UFO há mais de 37 anos e presidente da Associação de Pesquisas Extraterrestres, haverá ainda uma exposição com mais de 700 fotografias e itens ufológicos, maquetes e manequins representando os extraterrestres.

Terá, ainda, uma visita guiada à Casa da Cultura e Museu Histórico – Sala de Ufologia, além de exibição de vídeos, rodas de debates e uma homenagem especial a Antonio Faleiro, com a apresentação de um vídeo sobre sua trajetória na ufologia. No final do evento, está programada uma vigília ufológica num ponto especial da cidade.

AGENDA: O III Encontro Ufológico de Passa Tempo acontece no dia 10 de agosto, a partir das 19h, no salão de eventos da Gercy, na avenida Francisco da Costa Paz, 115, bairro São Sebastião. Informações: (37) 98836-3611. Não é preciso se inscrever. (AED)