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Foto: (Idosos: empréstimos, cancelamento e validação de dados são os golpes mais comuns / Reprodução)

Pedido de dados por telefone estão entre os golpes mais comuns contra idosos

Idosos: empréstimos, cancelamento e validação de dados são os golpes mais comuns

Golpistas se valem de informações pessoais para ganhar a confiança da vítima e convencê-la a passar mais detalhes

Por Cristiana Andrade, Maria Irenilda, Milena Geovana e Queila Ariadne Publicado em 20 de abril de 2024 | 08h01

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Quais são os golpes mais comuns aplicados aos idosos? Segundo especialistas, é muito difícil responder a essa pergunta porque, a cada dia, surgem novas modalidades na praça. Mas a gerente de Prevenção a Fraudes do Mercantil, um banco que tem como público majoritário pessoas acima dos 50 anos, Livia Silva, cita alguns mais recorrentes.


“Temos o golpe do empréstimo. O golpista inicia uma contratação com os dados que foram roubados das vítimas de diversas fontes. Entra em contato, fingindo ser de alguma instituição financeira e solicita uma foto do client. Com essa imagem capturada, ele finaliza lá contratação daquele empréstimo”, explica Livia. 


Outro golpe comum é o do cancelamento do empréstimo. “O golpista contrata um empréstimo com os dados do próprio cliente. Após a liberação do valor, ele entra em contato com a vítima e informa que, para cancelar, ela vai precisar fazer uma devolução daquele valor liberado através de uma TED ou PIX por uma conta de um golpista. E aí a vítima, que não tem interesse em manter o empréstimo, acaba acreditando”, diz Livia. 


Segundo a gerente de Prevenção a Fraudes do Mercantil, um outro golpe que vem crescendo bastante é o da validação de dados ou atualização cadastral e alerta de transação. “O golpista entra em contato com o cliente e faz solicitação de dados para fazer a atualização, alteração de cadastro, cancelamento de compra, bloqueio de contas, situações que vão gerar ali algum espanto no cliente. Depois, ele consegue convencer o cliente a passar os seus dados sigilosos como o número do cartão, conta-corrente senha, endereço e senha de e-mail”, destaca Livia. 


Golpe do motoboy: veja como funciona:


Alerta

O golpista liga para pedir a confirmação de uma compra no cartão de crédito. A pessoa diz que não reconhece a compra. Então, o estelionatário, com as informações da vítima em mãos, começa a citar alguns dados pessoais e pede a confirmação deles. 


Ganhando a confiança

Nesse momento, o golpista convence quem está do outro lado da linha. Afinal, se a pessoa tem os dados, a vítima imagina que deve ser do banco.


Roubo de dados

O golpista informa que o cartão da pessoa foi hackeado e diz que será necessário fazer uma perícia. Então, solicita que a vítima informe
a senha e coloque o cartão em um envelope, para que um motoboy recolha. 


Cartada final

Com o cartão e dados em mãos, os estelionatários podem sair às compras 

Fonte: Rodrigo Pagani, advogado especislista em direito do consumidor

 

Esta matéria integra o especial "Tempo de Envelhecer: quando viramos pais de nossos pais", da Mais Conteúdo, de O TEMPO. O episódio 6 do podcast, com mais personagens e outras análises de especialistas, você ouve abaixo:
 

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