A Krug German Pils, cerveja produzida pela mineira Krug Bier, há quase 30 anos no mercado, foi eleita pelo caderno Paladar, do Estadão, a melhor cerveja pilsen do Brasil. E, para chegarem a essa definição, os jurados testaram 17 marcas de rótulos que poderiam ser comprados em grandes supermercados. O curioso é que as marcas não ficaram sabendo dos testes e todos os jurados tiveram que consumir às cegas todas as bebidas. As cervejas foram compradas em São Paulo e completaram o pódio a Antarctica, que ficou com o segundo lugar, e a Dama, que tem fábrica em Piracicaba, no interior paulista, foi a terceira colocada.
Na minha avaliação, a Krug German Pils , que tem 5,2% de teor alcoólico e IBU (amargor) 30, faz com que apreciadores de outros tipos de cerveja também curtam a bebida pelo fato de trazer um pouco mais de amargor do que uma pilsen comum, ser mais encorpada. E aí está o diferencial, que pode ter pesado a favor nessa disputa. No meu caso, apreciador de cervejas mais encorpadas, a German Pils é uma cerveja saborosa.
A Krug German Pils é mais amarga, um pouco mais seca do que uma pilsen normal e, diferentemente de outras cervejas do mesmo estilo, tem aromas florais que remetem a outros tipos de cervejas artesanais. Segundo a Krug, isso vem do uso de lúpulos nobres alemães. A receita, exclusiva, é austríaca e foi criada em 1958 pelo pai do fundador da Krug (Herwig Gangl Filho), Herwig Gangl. Aliás, a cerveja segue sendo produzida na Áustria.
O júri, composto por sommelières, sócios e gerentes de bares, mestres cervejeiros e especialistas em microbiologia cervejeira, entre outros, avaliou que a cerveja tem brilho, pequenas borbulhas e boa consistência de espuma, além de o lúpulo ser notado de forma nítida. E, como ficou claro, o fator bem característico da cerveja, o tom de amargor, fez a diferença.