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Indecisos: ainda é muito cedo  

Número de eleitores mineiros que não sabem em quem votar aumentou de 25% para 28,9%

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PUBLICADO EM 29/08/14 - 11h00

Apesar de já ter começado há dez dias, a propaganda eleitoral na TV não ajudou o eleitor, ao menos por enquanto, a decidir seu voto para o governo de Minas. Pesquisa DataTempo/CP2 mostra que 28,9% dos entrevistados ainda não sabem em quem votar, índice superior ao registrado nos levantamentos anteriores. No último dia 8, por exemplo, um quarto dos questionados (25%) disse não ter definido seu candidato.
 

Nesta quinta, a reportagem de O TEMPO foi às ruas de Belo Horizonte perguntar a eleitores de diversas faixas etárias, classes sociais e escolaridade o motivo da indecisão e o papel da propaganda na TV na hora de definir o voto. Mais de 80% das pessoas ouvidas disseram não ter acompanhado nenhuma das inserções dos postulantes ao Palácio Tiradentes. A justificativa foi a mesma: a campanha ainda está no início e não atingiu o eleitor comum.

“Não analisei nem vi nenhuma proposta ainda. Tem pouco tempo que a campanha começou, ainda está cedo para definir”, justifica a estudante Tamara Rosa, 23.

Como mostra o DataTempo, os maiores percentuais de indecisos estão entre as mulheres e entre as pessoas de 45 a 54 anos (veja infografia). É o caso da comerciante Andreia Moisés, 52. Ela afirma que nenhum dos candidatos e propostas agrada. “Está cada vez mais difícil. Mais para frente vou acompanhar o programa de televisão para ver se me ajuda.”

Também na faixa etária com mais indecisos, o digitador José Reis, 46, diz que o que tem tornado mais complicada a tarefa de escolher um candidato é a falta de propostas. “Ninguém tem um diferencial. Nos programas na TV, eles mais criticam os outros do que dizem o que querem fazer. Não ajuda a decidir o voto”, opina.

A dificuldade de escolha também atinge pessoas com menor escolaridade, especialmente as que encerraram os estudos no ensino fundamental. A balconista Ana Paula Nascimento, 35, assume não saber sequer o nome de todos os postulantes. “Não sei nada de eleição, simplesmente não procurei me informar. Não vi nenhuma propaganda eleitoral e vou deixar para me preocupar com isso perto da eleição”.

Análise. Antes do início da propaganda na televisão, as campanhas em Minas apostavam que a disputa ficaria mais consolidada no Estado depois de 19 de agosto, quando começou o horário eleitoral. No entanto, assim como foi ressaltado pelas pessoas ouvidas pela reportagem, cientistas políticos acreditam que o impacto da televisão na campanha “ainda é um mito”.

“Com o horário gratuito não se ganha votos. A audiência é muito baixa, não tem esse impacto esperado. O que ajuda são a campanha na rua e os debates, que têm audiência mais considerável”, analisa o professor da Universidade de Brasília (UnB) David Fleischer.

Dados

Registro. O levantamento, realizado de 21 a 25 de agosto, foi registrado na Justiça Eleitoral com protocolo MG-00067. Foram feitas 2.066 entrevistas. A pesquisa foi encomendada pela Sempre Editora.

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