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CORRIDA ELEITORAL

No Rio, Aécio alfineta Marina e diz que 'hora da razão está chegando'

Na entrevista improvisada no calçadão, em meio aos apoiadores, o tucano fez críticas também ao programa de governo da candidata do PSB

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PUBLICADO EM 10/09/14 - 18h26

 O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, fez na tarde desta quarta-feira (10) críticas diretas à adversária Marina Silva (PSB).

Ele afirmou que a "hora da razão está chegando", insinuando que a subida de Marina nas pesquisas foi provocada pela comoção nacional que se seguiu à trágica morte do então candidato Eduardo Campos (PSB), na queda de um avião em Santos (SP) no dia 13 de agosto.

Depois de participar de uma sabatina promovida pelo jornal "O Globo" no centro do Rio, Aécio se dirigiu para uma caminhada no calçadão central de Campo Grande, bairro da zona oeste da capital fluminense.

Na entrevista improvisada no calçadão, em meio aos apoiadores, o tucano fez críticas também ao programa de governo da candidata do PSB.

"Olha, não conheço as propostas da Marina, até porque elas mudam com muita rapidez. Eu tenho um projeto pro Brasil e o Brasil não é para principiantes. O Brasil terá um quadro extremamente complexo para enfrentar do ponto de vista econômico, do ponto de vista da melhoria dos nossos indicadores sociais", salientou.

Aécio fez ainda um ataque combinado a Marina e à presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), dizendo que o Brasil já vem passando por um exercício de aprendizado no poder.

"O que aconteceu com o Brasil a partir da inexperiência da atual presidente tem custado muito caro a todos nós. O Brasil não quer mais um ciclo de inexperiência e aprendizado no governo. Nós somos a mudança segura que o Brasil precisa viver, e por isso seremos vitoriosos", afirmou. Ele disse ainda que confia em uma reviravolta na preferência do eleitorado nas próximas semanas:

"Estou aqui hoje, confiante de que está chegando a hora da razão. E na hora da razão vai vencer a nossa candidatura, porque é melhor pro Brasil".

CONFUSÃO E AGRESSÕES

A caminhada de Aécio no subúrbio carioca foi marcada por muita confusão, trocas de socos e empurrões entre cabos eleitorais de partidos que o apoiam no Rio.

O candidato chegou cerca de uma hora depois do horário marcado. O presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, um dos principais patrocinadores do movimento Aezão --que prega o voto combinado em Aécio e no governador e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB)-- recepcionou o senador tucano, juntamente com outros candidatos a deputado da coligação do PMDB e do PSDB.

Logo que desceu do carro, Aécio foi cercado pelos cabos eleitorais que esboçaram uma espécie de cordão de isolamento. Houve desentendimento entre eles e trocas de socos, com pessoas caindo no chão no caminho do candidato e placas de propaganda política pisoteadas. Eleitores que queriam fotos com Aécio foram repelidos pelos militantes políticos.

Na porta da loja feminina Marisa do calçadão, a confusão foi tão grande que os funcionários baixaram as portas temendo que a confusão resultasse em saques ou arrastões. Outros comerciantes de lojas populares também se postaram diante dos balcões de saldos para evitar avarias e roubos de seus produtos. No caminho, algumas pessoas caíram arrastadas pela turba de cabos eleitorais. Um senhor de idade que observava a confusão perdeu o equilíbrio, mas foi acolhido por militantes. A princípio, ninguém se feriu com gravidade.

Aécio caminhou durante 25 minutos, em um trecho de aproximadamente 200 metros. À população de Campo Grande, ele reiterou promessas de melhoria nas áreas de segurança pública, habitação, saneamento e saúde.

"Hoje, 52% das famílias brasileiras não têm esgoto tratado na porta de suas casas. Portanto, saneamento, mobilidade, habitação e segurança são as propostas prioritárias que nós temos para mudar a qualidade de vida para quem vive nas regiões mais adensadas, como esta aqui. Vamos tratar da descentralização dos recursos de saneamento e saúde. Estou reiterando o compromisso de conduzir como presidente a política nacional de segurança pública e não permitir que haja represamento de recursos, como acontece hoje no governo federal", afirmou Aécio.

BOLINHA DE PAPEL

O mesmo local visitado por Aécio nesta quarta-feira foi palco de um momento polêmico da eleição presidencial passada. Em 20 de outubro de 2010, o candidato do PSDB, José Serra, foi atingido por um objeto enquanto caminhava pelo calçadão de Campo Grande. Na época, imagens de uma emissora de TV indicavam que ele havia sido alvo de uma bolinha de papel, mas não ficou claro se outro objeto também foi lançado contra ele durante o trajeto. Em 2010, o calçadão estava ocupado por cabos eleitorais do tucano, mas também militantes de candidatos do PT. Os apoiadores dos dois partidos entraram em confronto durante o ato de campanha. Desta vez, com Aécio, apenas apoiadores da candidatura do PSDB participaram do ato.

Folhapress
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