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Desconstrução

PSDB e PT decidem manter clima ofensivo nos debates

Candidatos a presidente vão manter a estratégia de expor ao eleitor a fragilidade do rival

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Tensão. No debate realizado pelo SBT, os dois candidatos, Aécio Neves e Dilma Rousseff, demonstraram irritação com os ataques
PUBLICADO EM 18/10/14 - 03h00

Com mais um debate presidencial marcado para este domingo, às 22h30 na TV Record, os candidatos devem manter a agressividade recíproca no centro das discussões. Se a resposta para a pergunta “quem venceu o debate?” é meramente opinativa, já que os eleitores tendem a direcionar suas respostas para o candidato de sua preferência, é praticamente consenso que o último debate, no SBT, teve o nível de agressividade elevado.

Dilma, por exemplo, se direcionou ao tucano sobre a Lei Seca, em referência ao episódio de três anos atrás, quando ele se negou a fazer o teste do bafômetro em uma blitz da operação no Rio de Janeiro. Aécio, por sua vez, acusou a candidata de nepotismo pelo fato de o irmão de Dilma, Igor Rousseff, já ter trabalhado na Prefeitura de Belo Horizonte.

Além das palavras duras, dedo em riste e expressão corporal também foram armas utilizadas por ambos para tentar desconstruir o discurso do rival.

Integrantes das equipes dos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) não assumem a iniciativa por elevar o tom nos debates televisivos e também nas propagandas eleitorais na TV, mas acusam os adversários. “O programa apresenta um debate propositivo, mostra o que o governo federal fez e apresenta os projetos para os próximos quatro anos. O programa dele (Aécio) é só crítica contundente ao nosso e ele não busca, não apresenta nada”, opina a vice-presidente do PT Gleide Andrade.

A avaliação do deputado federal pelo PSDB Paulo Abi-Ackel é de que Dilma foi “orientada” pelo seu marqueteiro, João Santana, em aumentar o tom. “Esse é o estilo dela, diametralmente oposto ao de Aécio. Se ela mudar o posicionamento e quiser discutir temas nacionais, ele estará à vontade”, avalia o parlamentar.

Quem também se posicionou contrário a estratégia de ambos os candidatos foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Os partidos têm programa mas não conseguem mostrar. Parece que os marqueteiros preferem a briga pessoal”, disse em relação ao debate.

Com o empate técnico nas últimas pesquisas, integrantes da campanha de Dilma consideram que os ataques a Aécio surtiram o efeito desejado e conseguiram anular o efeito do apoio de Marina Silva (PSB) e ainda o desgaste gerado pelo escândalo de corrupção na Petrobras.

Outra avaliação do comitê petista é de que os ataques contra Aécio foram responsáveis pelo aumento de sua rejeição. Segundo o Datafolha, o índice de eleitores que passou a desaprová-lo passou de 34% para 38% em apenas uma semana.

A linha de ataque ao tucano é aprovada pelos petistas em geral. A campanha, no entanto, age em dois níveis diferentes. Na propaganda de TV, o foco é a tentativa de desconstrução da imagem de bom gestor de Aécio, enquanto os ataques pessoais têm ficado nas redes sociais, entrevistas e debates. (Com agências)

Falar direto com o telespectador para sensibilizar

São Paulo.
Tudo leva a crer que o marqueteiro de Aécio Neves (PSDB) andou assistindo aos debates históricos das eleições americanas. Na quinta-feira, no evento do SBT, o tucano olhou para a câmera e, dirigindo-se aos telespectadores, perguntou: “Você compra hoje o que comprava há seis meses atrás com o mesmo dinheiro? A inflação voltou a atormentar o brasileiro”.

Em 1980, em debate presidencial entre o republicano Ronald Reagan e Jimmy Carter, democrata candidato à reeleição, Reagan olha para a câmera e afirma: “Você está melhor do que estava há quatro anos? É mais fácil ir às lojas e comprar coisas do que era há quatro anos?”

Hoje, como em 1980 nos Estados Unidos, a economia tem sido o foco de críticas do candidato de oposição.

Agenda

Próximos debates:

Neste domingo. TV Record, às 22h15

Sexta-feira. TV Globo, às 22h30

Em Minas:

Neste sábado. Ex-presidente Lula vem a Belo Horizonte

Nesta semana. As campanhas de Dilma Rousseff e Aécio Neves aguardam a presença de ambos, mas ainda não há data definida

Com agências
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