A vida humana tem um propósito espiritual, cada ser é dotado de um propósito e de uma genialidade únicos, cada um deve desenvolver o caráter de maneira mais apaixonada, original e corajosa possível. A dor, a perda, o sofrimento e o conflito são professores cruciais do despertar. O inconformismo, a inconsistência, a introversão, a teimosia, a estranheza e uma “pequena maldade” são na realidade virtudes benéficas para a autorrealização.

Esses são alguns dos insights do filósofo norte-americano Ralph Waldo Emerson resgatados no livro “Lições de um Estoico: Como Emerson Pode Mudar a Sua Vida”, do autor de best-sellers Mark Matousek, cujo trabalho se alicerça no despertar pessoal e na excelência criativa por meio da escrita transformacional.

“Somos indivíduos híbridos, bilaterais, repletos de inúmeras dimensões e múltiplos desejos, muitos desses contraditórios. Waldo nos lembra do fato de que somos espaçosos (na realidade, uma infinitude), com espaços de sobra para facções em guerra, para vicissitudes. Ao entrar nesse reino não dual, você deixa de ser ameaçado por sua estranheza e reconhece o fato de que o outro é, na realidade, você”, comenta Matousek.

Ele defende que a iluminação é o objetivo da vida humana e o resultado natural de conhecer a si mesmo. “Somos programados psicologicamente para a autorrealização; o potencial de libertação da ilusão, da ignorância e do autoesquecimento é parte integrante da nossa natureza essencial”.

Matousek explica que, “ao utilizar a razão e o autoquestionamento para separar o real do irreal, você aumenta a capacidade de ver além da autoimagem (a história do eu) no seu Eu autêntico”. “Esse é um reflexo da única mente, tanto de forma pessoal quanto transcendental, um gigante interior sempre com você sob o turbilhão dos pensamentos e sentimentos passageiros”, destrincha.

Outro ponto da filosofia de Waldo destacado por Matousek é a autossuficiência. “Ela é a confiança em Deus. Não existe nada tão fraco quanto um egoísta. Ele nos encoraja a dissolver aquela falsa dualidade entre espiritualidade e vida cotidiana. Nunca estivemos tão necessitados dessa integração”, defende o autor.

Dentro do conceito estoico, a sombra é contemplada como “aquela parte fora dos limites da psique em que escondemos de nós mesmos aspectos que ameaçam o amor e a aprovação dos outros, que aumentam a probabilidade de o nosso grupo nos rejeitar”. “A sombra psicológica contém não só culpa, vergonha, medo e afins, como aspectos de originalidade e genialidade pessoais, aqueles traços inconformes que nos tornam tão únicos”, ensina Matousek.

Lado sombrio revela a luz

 “Só quando está escuro o bastante você consegue ver as estrelas”, pontificou Ralph Waldo Emerson. “Ele era tão insensível quanto os estoicos originais em relação a aceitar as perdas inevitáveis da vida. Ele ensinou que a adversidade é capaz de dotar o indivíduo de uma segunda visão, a aptidão para detectar o potencial de crescimento quando tudo parece estar perdido”, comenta Mark Matousek.

Segundo ele, “não existe totalidade sem que se conheça o sofrimento”. “Uma pessoa precisa ter provado o sofrimento, a perda, o desapontamento e a angústia, junto com o lado sombrio da vida, se ela espera realmente desenvolver a verdadeira compaixão e a tolerância da impermanência”.

Sob essa perspectiva, criação e destruição estão entrelaçadas. “Depois que as coisas desmoronam, elas ressurgem em novos formatos, erguem-se das ruínas daquilo que um dia foi perdido. A ressurreição está ligada à nossa natureza. Mortes de todos os tipos são necessárias para que aconteçam um novo crescimento e florescimento”, finaliza Matousek. (AED)

A filosofia de Waldo 

Cada pessoa cria sua própria realidade;

Nada pode prejudicar você sem a sua permissão,

Obstáculos podem se tornar oportunidades;

A virtude é o portal para a felicidade;

O Deus em você conecta você ao Deus presente em todas as coisas;

Caráter é destino;

Não existe um eu sem você;

A mortalidade é o maior professor que existe;

Maravilhar-se e admirar-se são as chaves do paraíso;

A vida sem autoconhecimento não vale a pena ser vivida.

Lançamento

“Lições de um Estoico”, Mark Matousek, editora Citadel Grupo Editorial, 304 páginas, R$ 64,90.

Seminário de feng shui no Uruguai

Os seminários sobre feng shui coordenados pelo arquiteto e escritor Carlos Solano estão completando sua maioridade. E a edição deste ano vai acontecer na encantadora cidade histórica de Colônia do Sacramento, no Uruguai, patrimônio da humanidade pela Unesco.

“A reverência pelas nossas várias ‘casas’ deve estar no centro das atenções atualmente: a casa-morada tem a função de proteger e regenerar; a casa-corpo/mente pede um cuidado constante consigo próprio; nossas casas coletivas (cidades, paisagens e planeta) demandam cuidado e preservação, pois sustentam as casas menores. A saúde de todas elas está muito interligada, assim como o bem-viver em cada uma. Daí o título desta 18ª edição: ‘Cuidar da casa, de si e do todo que te rodeia’”, explica Solano.

Que tipo de comida você come? Que tipo de sono você tem? Que tipo de ar está respirando? Esses questionamentos serão temas das oficinas do arquiteto Cláudio Melloni, fundador do Instituto Uruguaio de Feng Shui, durante o seminário. Ele vai abordar o feng shui do sono, do trabalho e da paisagem.

Solano vai falar sobre “as histórias que a casa conta”. “Vou utilizar os recursos do feng shui simbólico, como o desenho emocional da casa e dinâmicas de leitura de ambientes, para ensinar a escuta de si mesmo. Toda casa tem histórias para contar, por meio de uma torneira que pinga, uma parede que trinca, um espaço que aparece sem portas ou janelas no desenho emocional”, diz.

Vera Sousa, professora brasileira de feng shui que reside em Portugal, vai compartilhar um estudo de caso – ou “casa”. (AED)

AGENDA: O 18º Seminário de Feng Shui vai acontecer de 13 a 17 de novembro e as inscrições já estão abertas. Informações com Andréia Ruiz pelo WhatsApp (16) 98100-2479 ou pelo Instagram @carlos.solano.arquiteto.