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Lhamas são a nova ‘febre’ de animais de estimação nos EUA

Silenciosos, gentis e afetuosos, bichos transmitem tranquilidade e viram companhia de criadores


Publicado em 18 de julho de 2013 | 03:00
 
 
 
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Nova York, EUA. Os proprietários de lhamas têm algumas justificativas para a popularidade do animal entre os bichos de estimação: elas são silenciosas, gentis e afetuosas, não dão muito trabalho e, em comparação a outros animais que vivem ao ar livre, não cheiram mal.



A maioria dos proprietários começa com duas ou três, já que as lhamas são sociáveis e não gostam de viver sozinhas. Porém, como Katrina Capasso, 49, dona de lhamas que vive em Ballston Spa, em Nova York, nos Estados Unidos, veio a descobrir, “elas são que nem batatas fritas”. É difícil parar em algumas poucas. Katrina recebeu sua primeira lhama como presente de casamento do marido, Gary, em 1990. Ela tem hoje 55 exemplares do bicho.

Quem olha para uma lhama recebe de volta a simpatia expressada por aqueles grandes olhos, enquanto o animal levanta as orelhas, olhando como se compreendesse as pessoas e realmente se preocupasse com os seus problemas.

Essa qualidade irresistível pode explicar sua popularidade como animal de estimação. Algumas décadas atrás, a presença do animal era quase totalmente desconhecida nos EUA. Hoje existem cerca de 115 mil no país, segundo o Registro Internacional de Lhamas.

A população de alpacas, suas primas menores criadas especialmente para a produção de lã, é quase a mesma, de acordo com a Secretaria de Agricultura dos EUA. Porém, as alpacas são animais de carga e têm um jeito muito diferente.

“As lhamas são que nem cachorros: são nossas amigas”, diz Pam Fink, 65, que tem 13 lhamas em sua casa na Geórgia e espera a chegada de três bebês em agosto. “As alpacas são mais parecidas com ovelhas. Não brincam com o dono”, opina.

Valores. Sabe-se que os criadores de lhamas pagam até US$ 30 mil (R$ 67 mil) por um macho de alta qualidade, mas uma lhama de estimação comum pode custar menos de US$ 500 (R$ 1.127). Além disso, dada a demanda pela fibra de lhama, que é altamente valorizada por quem faz tricô, talvez o dono até receba parte do investimento de volta.

Se você viver no lugar certo e tiver algum espaço ao ar livre, “as lhamas vão roubar seu coração”, conta o marido de Pam, Jerry, 65. Ele e a esposa gostam de passar as noites de verão sentados em seu alpendre, observando as lhamas pastarem. “Refiro-me a elas como nossos ornamentos vivos de jardim”, diz ele, com carinho.

Na impecável casa suburbana do casal, retratos emoldurados de suas lhamas de estimação estão pendurados sobre a lareira, ao lado de fotos de seus netos. Outra parede está coberta com faixas que os animais ganharam em exposições.

Enquanto falava, Pam tocou cada uma das lhamas, abraçando o rosto dos animais, afofando o pelo de suas coxas. Era a sua maneira de se certificar de que todas elas tenham um contato diário com humanos. “Exijo que os meus animais sejam bem educados. Eles têm que andar de coleira, ser legais com as pessoas e se comportar”, fala.

As lhamas são animais que vivem estritamente ao ar livre, e os machos devem ficar separados das fêmeas; caso contrário, eles acasalam sem parar. Os proprietários devem observá-las cuidadosamente para verificar se elas estão feridas ou doentes, porque as lhamas raramente reclamam.

Além disso, as histórias a respeito do cuspe das lhamas, dirá a maioria dos proprietários, são exageradas: as lhamas cospem em outras para estabelecer hierarquias sociais, mas, a menos que elas se sintam ameaçadas, raramente cospem nas pessoas.

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