Mudança de hábito

Exame detecta intolerância a 59 alimentos e ajuda na dieta 

Alimentação mais personalizada reduz irritação e agitação de crianças, diz mãe


Publicado em 07 de junho de 2015 | 03:00
 
 
 
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Os dois filhos da dona de casa Ana Luiza Vasconcelos, 43, sofriam com os sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O mais velho, Lorenzo Vasconcelos, 12, não conseguia estudar depois da escola, enrolava para fazer as tarefas e era muito impulsivo. A caçula, Mirela Vasconcelos, 10, era muito brava, se irritava com facilidade e vivia nervosa. Esse cenário só mudou depois que eles fizeram o exame Food Detective, que identifica intolerâncias alimentares.

“Eu já havia começado a eliminar o glúten e o leite. Com o exame, descobri também que eles têm intolerância ao ovo. O Lorenzo tinha uma coceira na garganta e uma alergia nos olhos muito fortes. Depois da nova dieta, nunca mais teve. Ele também está muito mais concentrado. Minha menina, se eu não tivesse passado pela experiência, nem acreditaria: é outra criança, muito mais doce”, comemora a mãe.

Segundo a nutricionista clínica Karin Honorato, que aplica o Food Detective, o exame detecta as chamadas reações tardias, ou sintomas que não correspondem a uma alteração nos exames do paciente.

“Se a pessoa ficar comendo alimentos que seu corpo não aceita muito bem, ela pode, com o tempo, criar vários sintomas ou processos inflamatórios. Os mais perceptíveis são problemas de pele, gastrointestinais, constipação, diarreia, dores, gases, má digestão e fadiga crônica”, explica ela.

O exame é simples: uma gota de sangue extraída do dedo do paciente já basta para indicar intolerâncias a 59 tipos de alimentos e dizer se ela é leve, média ou forte. O resultado demora cerca de cinco dias para sair, e o teste custa em média R$ 600.

Dieta. A partir do resultado do Food Detective, a nutricionista elabora uma dieta específica para as necessidades de cada paciente. “Quando a intolerância é fraca, eliminamos o alimento da dieta por 30 dias. Quando é média, por 60 dias, e quando é forte, por 90. Nesse tempo, vamos tratar o corpo para melhorar a absorção daquele alimento. Depois do tratamento, a pessoa vai poder voltar a consumi-lo, mas não com a mesma frequência de antes”, explica Karin.

Para o nutrólogo Paulo César Giorelli, diretor geral da Associação Brasileira de Nutrologia, o exame é mais uma ferramenta no diagnóstico das intolerâncias, mas só é indicado quando há indícios, e não deve ser utilizado sozinho. “A clínica do paciente é soberana. Quando há elementos que levem a crer existir uma intolerância, o exame é indicado. Do contrário, não há porque fazê-lo”, opina.

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