Fundada há 15 anos e com sede em Lagoa Santa (MG), a Nanum Nanotecnologia é a primeira companhia no hemisfério sul a criar e produzir tintas magnéticas usadas na impressão de documentos de segurança a partir de nanomateriais desenvolvidos em laboratórios próprios e fabricados em escala industrial.
A indústria fundada por Ailton Ricaldoni investiu R$ 60 milhões na ampliação das instalações.
A partir da nova planta industrial, inaugurada em agosto, a Nanum passou a focar no mercado nacional.
Novos produtos
Na fábrica serão lançados produtos com aplicações nas áreas automotiva, energia, siderurgia, construção, aeroespacial e química, entre outras.
A Nanum - que também obteve a primeira patente de tinta magnética nanotecnológica usada na impressão digital de documentos de segurança, como cheques e documentos oficiais de órgãos públicos - estima um faturamento em 2025 de mais de 40%.
Tecnologia própria
Segundo o sócio e presidente do conselho administrativo, Ailton Ricaldoni Lobo, a ideia era ter uma empresa que não fosse uma revenda de produtos importados, mas que desenvolvesse tecnologia própria.
“Nós exportamos conhecimento e produtos com alto valor agregado em vez de commodities. Somos uma equipe que sonha alto e com formação sólida”, assegura.
Inovações
Até o final do primeiro trimestre de 2025, a Nanum Nanotecnologia pretende lançar seis novas linhas de produtos e alguns deles, sem similares no Brasil.
Uma das novidades é a tinta que impede a aderência dos respingos de soldas em parafusos que compõem a estrutura dos veículos quando ainda estão na linha de produção das montadoras, reduzindo custos e aumentando a velocidade de produção.
A tinta é ecológica, à base de água, diferentemente da solução adotada hoje e amplia a adequação das montadoras às práticas ESG. "Teremos capacidade para atender indústrias de diversos segmentos”, prevê o diretor comercial, Alexandre Caldeira.