O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira que o Brasil deve aceitar o recurso oferecido pelos países que fazem parte do G7 para o combate aos incêndios na Amazônia. "Acho que o Brasil não pode abrir mão nem de R$ 1. A situação do Orçamento federal, de Estados e municípios é dramática", disse. "Nós temos de receber os recursos e ter regras em um país soberano como o nosso, da execução desses recursos. Isso é importante", declarou. 

Maia afirmou ainda que o conflito acabou "indo para o lado pessoal". Nos últimos dias o presidente da República, Jair Bolsonaro, trocou farpas com seu par francês, Emmanuel Macron. Ainda sobre a Amazônia, Maia voltou a dizer que está na expectativa para a liberação de recursos da Petrobras para o meio ambiente.

Ele disse ainda que a crise tem impactos no projeto de lei sobre o licenciamento ambiental. "Essa polêmica nos obriga a dar mais transparência à discussão do licenciamento ambiental", disse.

Votação nesta terça-feira

A Câmara deve votar nesta terça a urgência do projeto que remunera proprietários rurais pela manutenção de florestas. Os deputados vão tentar votar o mérito da matéria também nesta terça-feira.

Segundo a líder da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a oposição não deve obstruir o tema. No entanto, o plenário precisa resolver ainda outra matéria que está trancando a pauta, sobre peritos do INSS.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), disse que o projeto sobre a remuneração a ser levado ao plenário reúne o relatório do deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) e outro projeto, do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

Ainda sobre a questão ambiental, lideranças da Câmara discutem a possibilidade de levar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para uma comissão de debate na semana que vem no plenário da Casa. Ainda não está decidido se Salles será convidado ou convocado.