A proliferação dos casos de coronavírus mundo afora e a sua chegada ao Brasil causam certo alarde na população, que busca informação sobre a transmissão da doença.
Paralelamente ao aumento do número de casos, é verificada a multiplicação de fake news nas redes sociais. De 6.000 mensagens recebidas e analisadas pelo Ministério da Saúde entre 22 de janeiro e 27 de fevereiro, 85% eram falsas.
Para isso, o governo federal listou alguns dos boatos mais recorrentes em redes sociais. Veja abaixo:
1- Chá de abacate com hortelã previne coronavírus?
Mensagens que citam remédios caseiros contra o vírus - chás, óleos, comidas - são das fake news mais disseminadas. Até o momento, não há nenhum medicamento específico, infusão, óleo essencial ou vacina que possa prevenir a infecção pelo coronavírus. Para combater a doença, mantenha bons hábitos de higiene, como lavar as mãos com frequência.
2- Inseticidas podem transmitir coronavírus?
Circulam pela internet imagens de embalagens de inseticida com o ingrediente "Human Coronavirus" no rótulo. As fotos são falsas. O Ministério da Saúde diz que "as investigações sobre as formas de transmissão do vírus ainda estão em andamento" e ressalta que a contaminação se dá "pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas".
3- Autodiagnóstico pela respiração pode detectar a doença?
Outra mentira que circula on-line diz que o coronavírus deixa o pulmão "com pelo menos 50% de fibrose" e que, por isso, seria possível fazer um autodiagnóstico prendendo a respiração por dez segundos - quem o fizesse sem tossir ou sentir desconforto não estaria contaminado. É falso. O diagnóstico de coronavírus depende de exames hospitalares.
4- Na Tailândia, médicos conseguem curar a doença em 1 dia?
No início de fevereiro, meios de comunicação divulgaram que uma chinesa de 71 anos teria sido curada após receber um coquetel de antivirais. Não é verdade. Por enquanto, médicos não conhecem medicamentos, substâncias ou vitaminas que possam prevenir a infecção. Por isso, pede-se que a população se concentre em cuidados básicos de higiene.
5- Produtos importados da China trazem o vírus?
Segundo o Ministério da Saúde, não há evidências de que os produtos enviados do país asiático tragam o patógeno. O vírus, segundo a pasta, não sobrevive mais de 24 horas fora do organismo humano ou de algum animal, e o trânsito dos produtos costuma levar muitos dias. Portanto, não há risco de infecção para consumidores.
6- A estrutura do coronavírus é semelhante à do HIV?
Não há nenhum registro científico indicando inserções semelhantes ao vírus HIV no novo coronavírus e muito menos que o vírus foi criado em laboratório. O vírus da Covid-19, na verdade, parece com outros patógenos de sua família, como o Sars (síndrome respiratória aguda grave), que provocou cerca de 770 mortes entre 2002 e 2003. Seu epicentro também foi a China.
MANUAL PARA NÃO PROPAGAR FAKE NEWS
- Busque a fonte original
- Faça uma busca na internet: muitos casos já foram desmentidos
- Cheque a data: a "novidade" pode ser antiga
- Leia a notícia inteira
- Cheque o histórico de quem publicou
- Se a notícia não tem fonte, não repasse
Fonte: Ministério da Saúde