Flexibilização

Bares de BH retomam música ao vivo, mas não seguem totalmente decreto da PBH

Executivo municipal determinou que apresentações só poderiam ocorrer se uma divisão de acrílico ou de vidro fosse implantada entre músicos e público

Por Bruno Menezes
Publicado em 19 de setembro de 2020 | 15:27
 
 
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A permissão da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para que bares e restaurantes possam retornar a música ao vivo nos estabelecimento a partir deste sábado (19) pode ser um chamativo a mais para que os clientes voltem a frequentar esses locais. Pelo menos é o que os proprietários acreditam. Em um bar nas imediações da praça Sete, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, um quadro escrito a giz já avisava desde cedo que a partir de 13h teria música ao vivo. 

Em cada mesa o fiel companheiro da quarentena, o álcool em gel, dividia espaço com copos, garrafas de cerveja e porções variadas. Cena que tem se tornado comum com a retomada das atividades dos bares e restaurantes. No bar, sentado solitário em uma das mesas, lendo o jornal do dia e curtindo a música ao vivo estava o compositor musical, Vicente Lúcio da Silva, 68. Após seis meses sem poder apreciar a música do barzinho, ele fez questão de ir ao estabelecimento. 

“Pra mim é a melhor coisa. Tava com muita saúde. Ouvir um Vander lee aqui igual já cantou, faz bem pra pureza da alma. Adoro tomar meu chopinho, minha cervejinha e ouvir música”, disse.  

No decreto municipal publicado pela PBH neste sábado define que os proprietários de bares e restaurante precisam adotar algumas medidas para que música ao vivo possa retornar. Além dos músicos não poderem compartilhar equipamentos e serem obrigados a utilizar máscaras, uma divisão em acrílico, vidro ou outro material eficiente precisa ser instalada para os clientes e a banda ou cantor. Regra que estava sendo descumprida na tarde deste sábado pelo bar. 

O dono, que não será identificado pela reportagem, tentou explicar que a medida valeira apenas para lugares fechados e que em lugares abertos como o estabelecimento dele isso não seria necessário. O decreto da PBH, no entanto, não faz essa distinção. 

“Pelo que eu tinha entendido era pra ambiente fechado e na nossa situação o espaçamento é de mais de dois a três metros se você for olhar. A gente ainda não colocou, mas devemos colocar na próxima semana porque não houve tempo também de fazermos essa modificação. A decisão da prefeitura foi dessa sexta-feira”, pontuou.