Quarenta e um moradores de Belo Horizonte em situação de rua testaram positivo para a Covid-19 até o momento, segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde publicado nessa quarta-feira (8). A testagem desse público começou há um mês, e essa primeira etapa é dedicada a examinar apenas aqueles que apresentam sintomas da doença há pelo menos sete dias e que receberam atendimento em alguma unidade de saúde. O município testa o grupo com o RT-PCR, exame mais seguro e indicado para diagnóstico de coronavírus.
Documento mais recente aponta que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) submeteu a testes 239 pessoas em situação de rua, sendo que 138 delas receberam alta médica após a constatação de um quadro leve de sintomas respiratórios. Sete dos que foram testados precisaram retornar para Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), e 57 continuaram acompanhados por outros serviços sociais.
Os 37 restantes seguiram para o Sesc da região de Venda Nova. A unidade foi transformada em ponto de acolhimento provisório e emergencial para moradores de rua e pessoas em outras condições de vulnerabilidade com sintomas suspeitos ou diagnóstico confirmado de coronavírus. O serviço concentra, hoje, 300 vagas destinadas a esse público que requer isolamento social, mas que não tem indicação clínica para internação hospitalar.
Situação em Belo Horizonte
Mais de 9.000 moradores de Belo Horizonte testaram positivo para o coronavírus entre março e essa quarta-feira (8), sendo que, segundo dados do próprio município, 201 deles morreram após serem infectados. Se o cenário parecia controlado na capital mineira até o mês passado, dados das últimas semanas despertaram a preocupação da PBH, que decidiu suspender a reabertura do comércio.
Um dos alertas é o crescimento constante das taxas de ocupação dos leitos de UTI e enfermaria destinados ao tratamento de pacientes com Covid-19. Apesar da abertura de novos leitos no fim de semana passado, 92% dos leitos UTI Covid-19 estão ocupados em Belo Horizonte – o número é um pouco menor em relação às enfermarias, onde há maior disponibilidade, entretanto cerca de 76% dos 979 leitos dessas alas também estão ocupados.