Em coletiva realizada nesta terça-feira (12), a Polícia Civil de Minas Gerais deu informações sobre a prisão em flagrante de um casal que praticava golpes em Belo Horizonte. O homem, de 31 anos, e a mulher, de 22, foram presos em flagrante pelo crime de estelionato nessa segunda-feira (11).
De acordo com a delegada Marina Monteiro de Castro, a prisão aconteceu em um cartório, onde a dupla iria se encontrar com a vítima, um idoso, para registrar um contrato de sessão de crédito em nome da empresa onde os criminosos trabalham, no valor de R$ 78 mil.
Ainda segundo a delegada, a dupla agia coagindo as vítimas por meio de inúmeras ligações. Eles usavam dados do INSS para identificar possíveis alvos, em sua maioria aposentados e pensionistas em idade avançada.
A Polícia Civil já identificou outras 16 vítimas do grupo. Além da dupla detida em flagrante, o modo de operação da empresa em que a dupla trabalha também está sendo investigada. Quando presos, o homem e a mulher disseram que não atuam de forma ilegal e apenas seguem a orientação da diretoria da firma em que trabalham. Ela trabalhava como atendente da empresa e o homem é gerente do escritório.
A dupla agia fazendo um contato telefonico inicial, onde as vítimas eram informadas que teriam direito a um crédito residual por conta de empréstimos já realizados por elas. As vítimas eram então chamadas no escritório da empresa, onde os criminosos recolhiam todos os dados das vítimas e inclusive tiravam fotos delas. "Sabemos que essas imagens digitais hoje são necessárias para contrair empréstimos", explicou Marina Monteiro. Então as vítimas eram enganadas e levadas a fazer emprestimos e repassar o dinheiro para a empresa sem ssaber.
A dupla também acompanhavam as vítimas até as instituições financeiras e cartórios, no intuito de não deixar qualquer chance de as vítimas ou parentes desconfiarem do golpe.
"Eles atuam de forma muito ativa e são muito insistentes. O apelo que a polícia faz é que as pessoas tomem as cautelas devidas cuidados. Se você estiver em uma situação em que é necessário um empréstimo bancário, que você procure uma instituição conhecida e que faça todas as transações acompanhada de uma pessoa de confiança", orienta a delegada.
A Polícia Civil acredita que novas vítimas podem surgir ao longo da investigação, que também vai apurar a conduta dos diretores da empresa investigada.