Alto Paranaíba

Nem Sem Terra, um dos maiores traficantes da história de MG, é morto a tiros

O caso aconteceu em Patrocínio, no Alto Paranaíba

Por Raíssa Pedrosa
Publicado em 20 de abril de 2024 | 08:15
 
 
Nem Sem Terra era considerado um dos maiores traficantes de Minas Gerais Foto: Depen/Divulgação

Foi morto a tiros, nessa sexta-feira (19), Carlos Alexandre da Silva Juscelino, 42 anos, um dos maiores traficantes da história de Minas Gerais, conhecido como Nem Sem Terra. O caso aconteceu em Patrocínio, no Alto Paranaíba. 

Segundo informações da Polícia Militar, ele estava em casa e havia saído da penitenciária, no dia 12 de abril, para cumprir prisão domiciliar. Ele foi encontrado caído no chão e marcas que indicam seis tiros. O homem comandava o tráfico no Morro das Pedras, região Oeste de Belo Horizonte, nos anos 90/2000 e havia sido condenado, somando as penas, a mais de 70 anos de prisão. 

No registro de prisão do traficante, ele constava como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e um sujeito de "alta periculosidade".

A morte do traficante é investigada pela Polícia Civil Minas Gerais (PCMG), que apura as circunstâncias, a motivação e a autoria do assassinato. O local está sendo periciado e o corpo de Nem Sem Terra será submetido a exames. 

A polícia pede que toda informação que possa levar à prisão dos autores do crime sejam repassadas à PM pelo 190 ou 181. O denunciante não precisa se identificar.

Quem era Nem Sem Terra

Preso em 2005, o homem era acusado de mais de 20 assassinatos, tortura e tinha pelo menos seis mandados de prisão - quatro por homicídios e dois por tráfico de drogas.

A prisão do traficante ocorreu quando ele, baleado no ombro, tentou ser atendido no Hospital Municipal de Betim, na região metropolitana.

Na época, a Polícia Militar informou que o traficante se feriu durante uma troca de tiros em um confronto entre facções inimigas, que disputavam o controle de tráfico de drogas na Pedreira Prado Lopes.

Em 2007, ele foi condenado pela primeira vez a 44 anos e sete meses de reclusão em regime fechado por dois homicídios qualificados, quatro tentativas de homicídio e formação de quadrilha.

Ele foi acusado de ter atirado, em 10 de fevereiro de 2001, em um grupo de pessoas. Na ocasião, duas pessoas morreram, sendo uma delas uma criança. Outras quatro ficaram feridas. O fato ocorreu nas esquinas das ruas Alice e Brás, no bairro Santa Rita, na região do Barreiro, e teria sido motivado por uma disputa por ponto de tráfico.

Anos depois, ele recebeu novas condenações que, juntas, somam 72 anos e dois meses de prisão. Ele foi enquadrado em mais de dez artigos do código penal.

*Matéria em atualização